Penso, Logo Assisto!

Seis amigos da época da faculdade procuram o amor e a auto-descoberta em Manhattan. Dawnie, uma virgem de 26 anos, carrega a simbólica tocha da "geração perdida", escrevendo uma tese de pós-graduação onde descreve o emotivo e profissional "vazio" que marca a passagem da adolescência para a vida adulta.

Wasteland é um seriado do mesmo produtor executivo de Dawson's Creek, Kevin Williamson. O seriado conta a vida de 6 amigos na casa dos 20 anos que vivem em New York e enfrentam os desafios da vida pós-faculdade. Dawnie é uma estudante graduada que está preparando a tese de pós sobre a "geração perdida", passagem da adolescência para a vida adulta. Aos 26 anos e virgem ela entre em crise quando seu ex-namorado volta para sua vida e vai morar com seus amigos. Os melhores amigos de Dawnie e coadjuvantes do seriados são: Sam, a secretária de um promotor de justiça que luta para ser levada a sério; Jesse, uma jornalista - e agente de Russel - em busca do homem perfeito; Russel, um ator de novelas que teme que sua homossexualidade seja revelada; Vandy, um músico de dia e barman à noite, que alimenta uma paixão secreta por Sam; E Ty, o ex-namorado de Dawnie que volta depois de 3 anos para a vida dela.

Maybe It's Me retrata uma família fora do normal. Cada membro é unico. Aqui temos aos 15 anos, Molly Stage (interpretada por Reagan Dale Neis) que poderia ser uma adolescente normal – exceto pelo fato dela morar numa casa cheia de pessoas loucas. Seus pais, Mary e Jerry, são confusos – ela chama as crianças para o jantar usando um sino de vaca, enquanto ele exagera na dose ao treinar o time de futebol feminino.

Sua avó esconde comida pela casa, e suas irmãs gêmeas, Mindy e Cindy são terríveis. Já seus irmãos são bem diferentes: Grant quer ser um astro da música gospel, enquanto Rick inicia uma vida de pequenos crimes. E se isso não fosse o bastante, Molly ainda tem que enfrentar as dificuldades da escola.

Para quem é das antigas e acompanhava séries na década de 2000 pela Warner e pelo SBT também pode ter uma breve lembrança da série na hora do almoço, ia ao ar com o nome de ''Os Pesadelos de Molly''. Pena que nunca mais foi reprisada. Vale uma menção no Séries na Memória.

Que a Casa Branca é um dos lugares que mais despertam curiosidade, não existem dúvidas. Várias séries já foram centradas na presidência americana, mas nenhuma foi tão aclamada e premiada quanto The West Wing: Nos Bastidores do Poder, que ocupa esta #23 do Séries Na Memória.

 A trama conta o dia a dia da equipe do presidente fictício Josiah Bartlet (Martin Sheen) que trabalha na ala Oeste, composta pelo Chefe de Gabinete, Leo Thomas McGarry (John Spencer) e seu vice, Joshua Lyman (Brandley Whitford); pelo Diretor de Comunicações, Tobias Zachary Ziegler (Richard Schiff) e seu vice, Sam Seaborn (Rob Lowe); e pela Secretária de Imprensa Claudia Jean Cregg (Allison Janney).

O show mostra como acontecem as articulações políticas dentro da Casa Branca e como a equipe do presidente trabalha para resolver os mais diversos problemas. Por exemplo, no primeiro episódio entre uma crise interna com Joshua e uma queda de bicicleta sofrida pelo presidente, o grupo tem que decidir o que acontecerá com um grupo de cubanos que está tentando entrar clandestinamente nos Estados Unidos, antes que eles aportem em Miami. Outras coisas que ficam evidentes são os jogos políticos que tentam equilibrar a força entre os republicamos e os democratas.

O enredo foi desenvolvida após o sucesso do filme de 1995, The American President (Meu Querido Presidente, no Brasil), cujo roteirista, Aaron Sorkin, curiosamente, também foi o criador da série. A história foi ao ar pela emissora americana NCB e exibiu seu episódio piloto em 22 de setembro de 1999.

Inicialmente, a ideia era manter o foco da trama só sobre a equipe presidencial. A figura do Presidente era mais onipresente, fazendo somente participações especiais ao longo da temporada. Mas Martin Sheen foi aos poucos, com elogios da crítica e do público, conseguindo espaço e destaque para seu personagem, o Presidente Bartlet.

Para quem pode não saber, The West Wing existe e toda a ideia que a série passa das funções da “equipe do Presidente”, também são reais (salve algumas licenças poéticas para a série). O The West Wing real é o edifício que abriga o escritório oficial do Presidente dos Estados Unidos. É parte do complexo da Casa Branca em que estão localizados o Salão Oval, a Sala do Gabinete, a Sala de Situação e a Sala Roosevelt. Nos três andares do The West Wing existem escritórios para os membros sênior do escritório Executivo do Presidente e toda sua equipe de apoio.

No Brasil, a série ganhou um complemento em seu título: The West Wing – Nos Bastidores do Poder. Ao todo foram sete temporadas de muito sucesso para uma trama centrada nos bastidores da política.

A série ganhou em sua primeira temporada nove Emmys. E recebeu de 2000 a 2003 o Emmy por melhor série dramática. Também em 2000 e 2001 a série ganhou o SAG (Screen Actors Guild) Awards, como melhor elenco de série dramática. Em 2001 Martin Sheen ganhou o Globo de ouro como melhor ator em série de TV – categoria Drama. Assim como em 2000 e 2001 ganhou o SAG Awards como melhor ator coadjuvante/secundário, em série dramática. Ou seja, vale a pena para público e crítica.

Do fundo de um baú esquecido no tempo (e nos canais de TV), trago para o #22 do Séries na Memória: a saudosa Growing Pains.

A família Seaver mora em Long Island e, a princípio, é somente mais uma família típica americana. Claro que, para os padrões da época, ter um pai que fica em casa e uma mãe que trabalha fora era algo bastante “diferente”. O pai, Jason Seaver, um psiquiatra, decidiu que atenderia seus pacientes em casa, quando a esposa, Maggie, decide voltar ao trabalho de jornalista como âncora de notícias do canal 19.

Os filhos são Mike, Carol e Ben. Um é completamente diferente do outro. Enquanto Mike vive sua vida de forma despretensiosa, preocupado com garotas e maneiras de se dar bem, Carol é a certinha, estudiosa, que carrega preocupações com os estudos e o futuro; Ben, o caçula, um verdadeiro artista, é o alvo das brincadeiras do irmão mais velho, além de ser muito esperto, porém, um tanto quanto ingênuo. E foi na 4ª temporada que Ben deixou o posto de caçula, logo que Chrissy nasceu. Misteriosamente, Chrissy se transformou em uma menina de seis anos entre a 5ª e a 6ª temporada.

A série abordou os problemas de família, as transformações dentro do lar, além de problemas mais profundos, como a morte do namorado de Carol (interpretado, inclusive, por Matthew Perry), sua vontade de se adequar ao modelo injusto de beleza quando decidiu fazer uma plástica no nariz… ou Mike se mudando de casa… para morar em cima da garagem, para aprender mais sobre responsabilidades. Growing Pains, como diz o nome, nos trouxe as “dores do crescimento”, uma família unida buscando atravessar as adversidades da vida, filhos indo embora para estudar, os medos da vida adulta…

Na 7ª e última temporada, o seriado teve uma adição interessante: Leonardo DiCaprio. Interpretando Luke Brower, os produtores trouxeram o personagem quando acreditavam que os indices de audiência estavam caindo. Os Seavers, um pouco relutantes no começo, acolheram o garoto sem lar. Luke era um dos colegas de Mike, na Clínica de Saúde da Comunidade e rapidamente tornou-se um membro da família. Ele deixou o lar dos Seavers para ajudar seu pai a abrir uma parada de caminhões em Tuscon. A série acabou antes que Luke pudesse voltar. DiCaprio não gosta muito de falar sobre esse papel, inclusive, não aceitou participar do filme da série, lançado em 2004 (ele já havia feito a fama pós-Titanic).

A série se encerrou com Maggie conseguindo um emprego em Washington D.C, o que fez com que a família precisasse se mudar. No último episódio, a família Seaver faz um piquenique no chão de sua sala vazia, relembrando o passado. O filme resgata o drama dos Seavers vendendo a casa que consolidou a união da família e Mike tornando-se senador. Todos os integrantes originais participaram do longa-metragem. 

 Algumas curiosidades: Kirk Cameron (Mike Seaver) é irmão da atriz Candace Cameron Bure, a eterna DJ de Full House. Na época em que Kirk fazia sucesso em Growing Pains, Candace fazia o mesmo sucesso em Full House, em emissoras concorrentes; Candace participou de dois episódios da atração. Robin Thicke, filho de Alan Thicke (Jason Seaver) participou de três episódios da série, interpretando três papéis diferentes (todos como figurante). Brad Pitt esteve presente em dois episódios também interpretando personagens diferentes. Hillary Swank também teve participações em dois episódios do programa, sendo o 4º trabalho da vida profissional da atriz. 

 No Brasil, Growing Pains fez a alegria dos fãs nas manhãs da Warner Channel e, também, no SBT, onde ganhou o nome de “Tudo em Família”. O programa foi encerrado com 7 temporadas e 166 episódios produzidos.

Chegando à #21 do Séries na Memória, hoje é a vez de uma série médica ganhar destaque.

Poucos tiveram acesso ao grande sucesso da Lifetime, exibido entre 2000 e 2006. Strong Medicine abordou o complexo e emocional mundo da medicina feminina, no qual duas médicas aprendem que o caminho profissional que escolheram está, claramente, dividido por uma mesa de cirurgia.O programa surgiu numa época em que os seriados de TV eram um produto diferente de hoje. Era preciso sentar em frente a TV para assistir aos programas preferidos, acompanhando o enredo semanalmente. Na época não tínhamos Lifetime no Brasil, Strong Medicine, foi exibido no canal A&E diariamente, em dois horários fantásticos.

O que mais marcou, durante as seis temporadas de vida, foi a forma como as médicas tratavam os pacientes. Logo no início descobrimos que a Dra. Luisa Delgado — ou simplesmente Lu — gerenciava uma clínica feminina em um bairro da periferia da Filadélfia. Quando a clínica é fechada por falta de recursos, Lu e Lana, a atendente, passaram a dividir o espaço no hospital feminino Rittenhouse com a Dra. Dana Stowe.

Lu era meiga, cativante e tratava seus pacientes com dedicação e era, principalmente, humana; Dana, uma cirurgiã formada pela reconhecida Universidade de Harvard, tinha em sua profissão a vida e o bem estar de seus pacientes, embora fosse muito fria, com as emoções em num plano secundário.

O tema médico já era recorrente em ER e Grey’s Anatomy nem sonhava em acontecer.

Aos poucos, Strong Medicine se tornou uma das minhas séries preferidas. O atendimento no Rittenhouse, a administração do hospital feminino sendo feita por um homem e as histórias de vida dos pacientes misturadas com as incertezas e emoções dos médicos foi, com certeza, o ápice de cada episódio. A produção de 13 episódios foi assinada pela digníssima Whoopi Goldberg (que também participou de 4 episódios, incluindo o piloto).

E, claro, não poderia deixar de mencionar o meu personagem preferido: o Dr. Nick Biancavilla, interpretado pelo ator Brennan Elliott. Por se tratar de um médico homem, trabalhar em um hospital de atendimento que privilegiava as mulheres era seu maior desafio. Além de lindo excelente profissional, o tratamento e a dedicação de Nick com suas pacientes era, no mínimo, cativante. As melhores cenas, as emoções mais doloridas e extasiantes foram protagonizadas pelo médico. Contemplar o sorriso dele enquanto realizava um parto é um privilégio que levarei comigo para sempre.

Cenas divertidas ficavam por conta de Lana, a atendente, amiga de Lu, que trazia em si a lembrança do lugar de onde veio. Dedicou sua vida ao lado de Lu, para atender mulheres violentadas, renegadas e, muitas vezes, precisou juntar forças para não desabar enquanto as pacientes precisavam de apoio, de um sorriso. O enfermeiro/parteiro Peter Riggs, todo alternativo, com sua medicina oriental e tratamentos oriundos de outras culturas foi, também, responsável pelos momentos de alegria.

Com o passar das temporadas, Strong Medicine foi perdendo a força. Janine Turner, que dava vida a Dra. Dana, deixou o hospital no final da segunda temporada. Patricia Richardson foi chamada para se juntar ao caótico Rittenhouse a partir da 3ª temporada e, mais tarde, foi a vez de Rick Schroder assumir o papel do médico masculino do hospital, com o desfecho do personagem de Brennan Elliott.

De todas as séries médicas, do meu amor eterno por ER e minha devoção por Private Practice, com certeza Strong Medicine tem o primeiro lugar no meu coração. Foram 132 episódios e 132 chances de me emocionar, de me comover, de ter orgulho de ter sido telespectador assíduo e de ter feito parte da história dessa maravilhosa produção. Gostaria que mais pessoas tivessem feito parte da vida de SM, é muito difícil encontrar alguém para conversar sobre o programa.

Gostou? No YouTube o episódio piloto está disponível. Até mais!

Seguindo na #20 do Séries na Memória, chegou a vez de falar sobre um drama mais do que consagrado.

Dois anos depois do Oscar pelo roteiro de Beleza Americana, Alan Ball criou uma das melhores séries já produzidas. Six Feet Under mistura as obsessões de Ball – sexo e morte – sem parecer repulsivo, sendo elementos-chave das cinco temporadas. O que pode assustar os telespectadores de primeira viagem é na verdade o que conquista; há algo de fascinante da história da família Fisher, no modo como tratam a mortalidade alheia, em seu psicológico fragmentado e a carapuça firme que precisam exibir todos os dias seja no trabalho, na escola ou em relacionamentos.

A família Fisher mora em cima de uma casa funerária, onde o patriarca Nathaniel (Richard Jenkins) dirige o negócio de preparar corpos e velar os mortos, provendo o maior conforto possível para seus familiares enlutados em momentos tão difíceis. Precisam se mostrar fortes o suficiente por todos os clientes, o que fica complicado quando eles próprios perdem pessoas que amam e são assolados pela morbidez do serviço que praticam todos os dias. A mortalidade é tema recorrente e tratado com uma naturalidade às vezes perturbadora.

É Natal, e Nathaniel Fisher vai buscar o filho Nate (Peter Krause) no aeroporto, vindo de Seattle, para onde se mudou aos 18 anos, fugindo do negócio da família e carregado de daddy issues, quando seu carro é acertado em cheio por um ônibus. O pai da família Fisher morre no episódio piloto e Nate se vê preso em Los Angeles com uma casa funerária de que nunca gostou para cuidar.

A família Fisher é ainda composta por David (Michael C. Hall, de Dexter), o irmão-sócio gay não assumido que sempre procurou pela aceitação do pai; a mãe Ruth (Frances Conroy), com a consciência pesada por ter traído Nathaniel por dois anos com o cabeleireiro; e a irmã-problema Claire (Lauren Ambrose, da 4ª temporada de Torchwood), com um péssimo gosto para escolher namorados.

Como se já não tivesse a própria família com quem se preocupar, Nate ainda precisa lidar com os pais e o irmão desregulado da igualmente estranha e misteriosa namorada Brenda Chenowith (Rachel Griffiths, de Brothers and Sisters), que conheceu no vôo de Seattle para Los Angeles.

Os Fisher estão sempre tão ocupados em ser sensíveis com os enlutados, presentes em sua casa diariamente, que aprenderam a ser invisíveis. Os momentos em que Dave e Ruth explodem são ótimos, mas raros. Nate perdeu o processo de invisibilidade ao sair de casa, por isso é o personagem mais impulsivo e intrigante da série.

Nathaniel continua aparecendo durante toda a série, assim como outros clientes-metáfora da funerária; não como fantasmas, mas como a personificação dos medos dos personagens. Um exemplo é quando o ainda não assumido Dave prepara o corpo de um jovem espancado até a morte por ser gay.

O roteiro é incrível, fantástico e sensível. Todos esses medos e imaginações também rendem ótimas cenas em que os Fisher revelam seus desejos e vontades mais profundos, seja por meio de um ataque nervoso no meio de um funeral ou uma cena musical enquanto se limpa a sala de velórios.

A série foi feita para ser levada a sério e traz um sentimento de epifania. O arco final de episódios tem uma carga dramática incrível e a series finale é uma das melhores coisas já produzidas para a TV. Combinados a uma trilha sonora fantástica, Six Feet Under é imperdível.

Existem séries que precisam estar em toda e qualquer lista de indicação, e um exemplo disso é Studio 60 on The Sunset Strip. Embora tenha durado apenas uma temporada, seus episódios foram marcantes, merecendo muito estar sendo recordados aqui no Séries na Memória.

Protagonizada por Matthew Perry (Chandler, de Friends) e Bradley Whitford (Josh de The West Wing), a história girava em torno do dia a dia de uma dupla de roteiristas de um programa de humor americano. Apostando em ironias e críticas veladas (ou explícitas), o enredo não teve medo de tratar questões como o excesso de moralismo e a mania de politicamente correto que assola o gênero ultimamente.

Produzida pelo premiado Aaron Sorkin, o roteiro não conseguiu manter bons índices de audiência, contudo, chamou atenção por misturar comédia e drama de uma maneira diferente, se inspirando no que poderiam ser os bastidores de Saturday Night Live e criando um linguagem própria.

Seus personagens, Matt Albie e Danny Tripp, iniciam a trama longe do programa que serve como pano de fundo, porém, se tornam rapidamente sua alma e sua grande polêmica. Afastados da emissora fictícia, eles retornam ao universo do canal graças à nova presidente (Amanda Peet) e dão início à inúmeras discussões sobre o que pode ou não ser levado ao ar.

Studio 60 on The Sunset Strip

Longe da cultura americana, um pouco mais rígida do que a nossa costuma ser, às vezes fica até meio complicado entender a hipocrisia e leve censura que a trama demonstra. Apesar disso, fica claro que se tratam de inspirações reais, e que fazer uma piada sobre muçulmanos é realmente algo que divide opiniões por lá, por exemplo. Não que por aqui também não existam dúvidas sobre os limites da ficção, vide humoristas e seus processos, contudo, as coisas parecem mais graves. Dessa forma, dá até pra relacionar a ideia de que seu cancelamento esteja diretamente ligado à crítica que oferecia, já que não era do tipo que agrada o telespectador em busca de entretenimento puro e simples.

Especialmente porque além da fé islâmica, o enredo também trata da religião cristã de uma maneira bastante direta.  Através da personagem Harriet (Sarah Paulson, antes de American Horror Story), que mantinha um relacionamento meio torto com Matt, foram muitos os temas que questionaram o quanto se pode brincar com conceitos desse tipo. Cheia de nuances, a atriz defendia suas crenças, tentando equilibrar sua carreira com a vida pessoal. A dinâmica desenvolvida por ela e o roteirista era tão interessante quanto a curiosidade em relação ao seu passado juntos, porém, a densidade em que as coisas caminhavam nem sempre tornavam a série fácil de assistir.

Há quem diga que esse teria sido o principal problema da trama, já que esconderia muita prepotência, mas nada que se compare a The Newsroom, atual série de Sorkin, absolutamente detestável. Pelo contrário, todos diálogos afiados, com referências à realidade da tevê local e doses extras de honestidade fazem com que valha à pena acompanhar os capítulos. Uma prova disso é que, apesar do passado de Friends, é quase impossível enxergar em Matthew qualquer resquício de Chandler. Embora pareça algo bobo e até obrigatório, esse pequeno detalhe dá a dimensão perfeita de que Studio 60 consegue se sustentar sozinha. E só por isso já merecia ter ganhado uma duração maior.

Já ouvi dizer que pra tudo que existe no mundo, há também uma data comemorativa. Uma delas é a comemoração do Dia do Disco Voador em 24 de junho, claro que a data já passou, é apenas para citar esse importante dia para nossos amiguinhos.

Então, descobri isso meio que aleatoriamente e a primeira coisa que me veio à cabeça foram quantos discos eu já vi em alguma produção. Depois, sobre quantas séries com alienígenas já me chamaram atenção e isso acabou virando um tema para um post especial.

Assim, surge mais uma lista aqui do blog, com histórias já encerradas e que tiveram e ainda têm alguma relevância. Se você acha que faltou alguma muito importante, fique à vontade para reclamar. E, lembre, esta é uma lista completamente despretensiosa.

Já Chegou o Disco Voador: 10 Séries Com Alienígenas

3rd Rock From The Sun

Assim que o projeto de The Neighbors, comédia da ABC, foi anunciado ano passado, a primeira reação foi de que o enredo seria um fracasso. Após a estreia, porém, ela acabou sendo bem recebida. Mas, será que algum dia vai conseguir chegar aos pés de 3rd Rock From The Sun?

Produzida pela NBC entre 1996 e 2001, a comédia tinha um elenco de peso, com direito a John Lithgow e Joseph Gordon-Levits. Sua história girava em torno de um grupo de extraterrestres que veio à Terra para fazer um expedição de reconhecimento e pesquisa. Se passando por uma família normal, os personagens faziam graça das peculiaridades humanas, enquanto recebiam ordens de seu chefe invisível.

Roswell

Vindo também do final dos anos 90, Roswell foi uma série da saudosa WB, que hoje se tornou CW. Contando com apenas 3 temporadas de duração, a série foi inspirada em uma coleção de livros de ficção científica e tinha um quê meio adolescente.

Lembrando as teorias conspiratórias da cidade que dá nome ao enredo, os episódios acompanhavam a história de três criaturas que, com sua aparência humana, conseguem esconder sua origem alienígena. Isso até que um deles resolve utilizar suas habilidades extraterrestres e curar uma colega. A partir daí, sua vida muda completamente, bem como a da comunidade.

(Só pra constar, a origem do Dia do Disco Voador remonta ao dia em que um piloto norte-americano afirmou ter visto vários objetos voadores em Washington, sendo que, dias depois, uma nave tripulada teria caído na cidade de Roswell, em 1947)

V

Falando em produção antiga, V deveria fazer parte dessa lista duplamente. Surgida originalmente como uma minissérie, em 1983, a trama ganhou um remake na ABC em 2009.

Na versão criada por Kenneth Johnson, uma equipe de aliens altamente avançados chega à Terra no que seria uma missão de paz. Já no início, Anna, interpretada por Morena Baccarin, avisa que são Visitantes inofensivos, sem qualquer objetivo. Apesar disso, com o tempo, os planos do grupo começam a ser revelados, sendo que desejam dominar o planeta. Uma pena que tenha sido cancelada cedo demais, com apenas dois anos de retorno.

The X Files

Se V foi um fracasso de audiência, The X Files seguiu um caminho completamente diferente. Presente no imaginário brasileiro até hoje, como Arquivo X, a história é considerada um dos grandes hits da tevê, tendo durado 9 temporadas.

Estrelada por Fox Mulder e Dana Scully, a série tem mais a ver com a dúvida sobre a existência de alienígenas do que sua presença em si. Agentes do FBI, os protagonistas trabalhavam em uma divisão que investigava casos polêmicos, envolvendo ocultismo, fantasmas e possíveis abduções. A partir daí, criaram-se slogans inesquecíveis como “eu quero acreditar” e “a verdade está lá fora“. Tentando um equilíbrio entre a ciência e o inexplicável, o roteiro também criou um dos primeiros grandes ships do mundo das séries, com a torcida para que Mulder e Scully virassem um casal.

Alf

Para lembrar dessa próxima série, a dica é pensar na programação do SBT. Exibida entre 1986 e 1990 originalmente, pela NBC, ALF é um velho conhecimento dos brasileiros por culpa de Sílvio Santos e as eternas reprises desta comédia, cujo título quer dizer “Alien Life Form“, ou ‘forma de vida alienígena’. E como seu protagonista era um E.T peculiar.

Trazido à Terra acidentalmente, após seguir um sinal amador, Alf foi parar na casa de uma tradicional família americana, que acabou o acolhendo. Inicialmente, a ideia era que pudesse consertar sua nave e voltar ao planeta de origem,  o que acaba não acontecendo, já que seu lar é destruído. Dessa forma, os episódios acabam mostrando sua adaptação a uma nova realidade, com algumas leves críticas sobre questões culturais. Considerado um enorme sucesso nos EUA, só chegou ao fim por causa de problemas de saúde de seu criador.

Star Trek

Existem poucas séries onde os aliens sejam tão importantes quanto em Star Trek, série que acabou rendendo uma das franquias mais bem sucedidas e adoradas até hoje.

Desde cargos importantes na nave espacial mais conhecida do Universo até os melhores vilões, os alienígenas de Star Trek nos fazem pensar em diversas questões culturais e filosóficas, sempre expandindo nossas mentes, mas sem nunca se esquecer da diversão e do entretenimento.

Farscape

Uma das poucas séries a ter mais de 90% de seu elenco principal de personagens composto por alienígenas, Farscape mostrou que pode-se contar uma história cativante ao se aliar os seres de outros mundos com um humano perdido no espaço à procura de casa.

Mas, mais importante que isso, a série nos faz nos importarmos com personagens animatronicos no mesmo nível em que nos importamos com personagens humanos. Com 4 temporadas, exibidas entre 1999 e 2003, costuma atrair fãs até hoje, com status de cult.

Babylon 5

Babylon 5 é uma estação espacial que tem como meta manter a paz em diferentes raças alienígenas e onde assuntos pendentes são trabalhados.

Assim como em séries mencionadas anteriormente, os aliens aqui desempenham papeis fundamentais para o desenvolvimento da trama, além de servirem como um verdadeiro estudo de caso sobre autoritarismo, guerra, religião e outros para o criador, J. Michael Straczynski.

Taken

Os alienígenas aqui são aqueles mais tradicionais, que abduzem e fazem experiências com os humanos, mas nem por isso a série deve deixar de ser mencionada. Uma das memoráveis no assunto, Taken brinca com toda essa conspiração a cerca dos seres do espaço, além de vermos uma raça buscando uma melhor compreensão da nossa, enquanto o governo tenta colocar as mãos em tecnologias mais avançadas.

No meio, as vidas de várias gerações de duas famílias são mostradas. Taken é um verdadeiro estudo sobre ufologia. Ganhadora de um Emmy, em 2002, a minissérie teve produção de Steven Spielberg e apenas 10 episódios.

Doctor Who

Pra encerrar com chave de ouro, impossível não mencionar a queridinha: Doctor Who. Com mais de 50 anos, a série britânica acompanha a vida do Senhor do Tempo, último sobrevivente de Gallifrey, que viaja através do tempo e espaço em sua nave chamada Tardis.

Contando com a aparição das mais diversas figuras, sejam elas do bem ou do mal, a trama foi criada em 1963, tendo retornado em 2005 para uma nova fase. Com muitas passagens pela Terra, geralmente para salvá-la, DW é o tipo de história que te deixa não apenas questionando a possibilidade de uma vida extraterrestre, mas também torcendo para que ela exista. Afinal, quem não gostaria de ser convidado a conhecer planetas como o Adipose 3, o Barcelona, A Biblioteca…? Só não pode querer ir ao Skaro e encontrar os Daleks.

E, pra você, qual série com alienígena foi mais marcante? Qual série novata com a temática deveriam entrar na lista? Lembra de mais outra? Comente! E já chegou o Disco Voador!

Oi pessoal! Mais um Séries na Memória. Sempre tinha ouvido falar de Freaks and Geeks, mas nunca tive realmente a oportunidade de acompanhar. Pois bem, a série até então estava no catálogo da Netflix e foi aí que aproveitei para acompanhar e acabar me viciando na série, seja pelos seus personagens carismáticos, assim como pela sua trilha sonora com direito a banda Lynyrd Skynyrd. Então, hoje apresento uma memorável série de TV injustiçada, chamada: Freaks and Geeks. 

Para quem não conhece, Freaks and Geeks gira em torno da adolescente Lindsay (Linda Cardellini) e seu irmão Sam (John Francis Daley), que frequentam uma escola nos anos 80. Lindsay começa a fazer parte de um grupo de burnouts (os “freaks”), e Sam já frequenta outro universo com seus amigos, todos nerds (os “geeks”). Ao ser abalada pela morte da avó, Lindsay perde alguns hábitos e ganha outros fazendo novos amigos, considerados ‘freaks’. Este novo estilo de vida de Lindsay traz conflitos com os seus pais.

Não tem como falar de “Freaks and Geeks” sem mencionar sua trilha sonora cheia de clássicos dos anos 1980, a maioria rock, que fizeram parte da história e aventuras dos protagonistas. As atuações dos novatos são irretocáveis para abordar a temática jovem que se diferenciava de outros programas para o publico na época.

Os episódios tinham forte apelo comportamental, que abordavam questões juvenis sobre sexo, drogas, relacionamentos, costumes e inadequação - tudo permeado pelo espírito rock & roll da década anterior. Divididos em dois grupos, os freaks eram os chapados e arruaceiros que matavam aula para fumar, encher a cara e vadiar.

Os geeks eram os nerds desengonçados que tinham problemas em lidar com a pressão de crescer e aparecer em público. No meio dos dois lados está a personagem, Lindsay, que se esforçava para ser aceita pela turma do fundão mas não conseguia esconder a faceta CDF.

A série teve sua estreia em 1999 pela NBC, mas durou apenas 1 temporada. Foi responsável por lançar nomes importantes como James Franco, Seth Rogen e Jason Segel.

Seu cancelamento foi motivo de indignação, mas pelo pouco tempo que passou no ar a série deixou sua marca. O seu legado está transmitido na sua presença em inúmeras listas de “Maiores Séries de Televisão de Todos os Tempos”, arrebatando um terceiro lugar na lista de “Maiores Séries de Televisão dos Anos 2000”, da revista Time. Também está posicionada, dessa vez em primeiro lugar, na lista de “60 Programas Cancelados Cedo Demais” da revista TV Guide. Freaks and Geeks é afinal uma série excepcionalmente bem escrita, que traz uma comédia afiada, dramas de alto nível, personagens inesquecíveis e uma trilha sonora digna de aplausos. Mesmo seu fim prematuro, nem mesmo bullys malvados irão tirar esses méritos.

Sua abertura é embalada por “Bad Reputation” de Joan Jett, mostrava um pouco dos grupos escolares.

Uma novidade para nós fãs da série é que agora em 2018 a série vai ganhar um documentário. O ator Samm Levine, que interpretou Neal Schweiber na série, confirmou em sua conta oficial do Twitter, sem ainda uma data oficial para o lançamento. Vamos aguardar.

Até pouco tempo atrás estava disponível no catálogo da Netflix, mas quem sabe retorne? Tenho certeza que você, assim como eu, irá gostar dos 18 episódios que a série teve. Fico por aqui, um abraço.

    Nos últimos dias fiz uma maratona de alguns episódios da série de TV Jack & Jill, uma série lá dos anos 2000, onde acostumava assistir nas manhãs de domingo do SBT quando criança. Era uma série bonitinha e que eu gostava até, apesar de não entender muita coisa na época. Pois bem, tempo passou e dia desses pude rever alguns episódios. O post será um review do episódio final (a série foi cancelada na segunda temporada).

     Não vai adiantar falar sobre os defeitos e as qualidades de “Jack & Jill”, quem gostou assiste, quem não gostou dificilmente está lendo isso. Mas seus fãs, aqueles que torciam por um final feliz, ficaram decepcionados com este episódio final (pelo que andei lendo).

    A relação de Barto e Audrey que já vinha apresentando problemas, acabou de vez. As coisas se complicam quando ele vê o interesse nada profissional do empresário dela e pioram quando liga pra ela em uma festa: um fulano atende dizendo que Audrey está no quarto com o empresário. Com um boa desculpa como essa, Barto cede às investidas de Annie, a colega de escola apaixonada por ele, e dorme com ela.

    Por mais sofrendo  que estivesse, Barto jamais deveria ter dormido com Annie. São poucos os relacionamentos que conseguem sobreviver à uma traição, afinal, a confiança acaba. E ele tinha uma excelente desculpa, pois pensava que Audrey havia feito o mesmo. Mas ela não tinha e foi aí que ele dançou.

    Se a série continuasse deste ponto, era bem provável acontecer uma reconciliação futura. Mas francamente, prefiro do jeito que ficou.  Audrey embarca para Los Angeles, atrás de sucesso e fama. Determinação ela tem bastante, é bonita, se daria bem com certeza.  Barto choraria por um mês ou dois, pagaria o preço de sua traição, que aliás, é merecida. Mesmo solteiro, não voltaria para Annie, pois ela sempre o lembraria de Audrey (e ele talvez aprendesse a lição de que uma noite de sexo reconfortante não vale a pena quando põe em risco o amor da sua vida...)

    Tanta tristeza em um episódio mas mesmo assim ainda pudemos dar umas risadas. Mikey conhece uma atriz famosa, Paris Everett e com uma cantada de primeira (“nos conhecemos na convenção de pessoas que tem nome de cidade, lembra? Eu sou Belgrado”), conquista a atriz. No primeiro encontro deles, Paris convida Elisa para ir junto e Mikey resolve se fazer de difícil (essa foi boa!)

    Alguns dias mais tarde, quando Mikey está se preparando para  ir aos finalmentes com Paris, ela se convida  para dormir com... Elisa!  Mikey dança e Elisa não aceita o convite. A cara dele de desapontamento foi engraçadíssima!

    Agora vamos voltar à Jack e Jill. Estes sim tiveram um final mais do que feliz. Decidiram não morar juntos até estarem prontos, mostrando sinal de maturidade. Formam um dos casais mais perfeitos já vistos em um seriado. Fazem-nos acreditar que vale a pena esperar por uma grande paixão.

    Atualmente já se não se fazem mais séries com essa pegada, pelo menos eu desconheço. Bom, seja como for, J&J ficará na memória de muita gente, inclusive na minha. 

Ei pessoal! Hoje desenterrando a série Titans, de 2000 aqui no Séries na Memória. Então, pouquíssimas pessoas ou até mesmo ninguém deve lembrar dessa série que foi exibida aqui no Brasil pela Warner Channel. Ela teve uma vida curtíssima, mas acabou marcando na memória as pessoas que a acompanharam.

A série é uma criação de Aaron Spelling, criador de séries como Dinastia e Barrados no Baile, e como a maioria das criações de Spelling reúne sexo, poder, traições e muitas reviravoltas.

Estrelando: Lourdes Benedicto, Ingo Rademacher, Victoria Principal, Perry King, Jason George, Josie Davis, Yasmine Bleeth, John Barrowman, Elizabeth Bogush, Casper Van Dien, Jack Wagner, Kevin Zegers 

Tudo começa quando o piloto, Chandler Williams, o filho prodígio da família Williams, que tem 26 anos, volta para casa em Beverly Hills depois de muito tempo, e descobre que sua família está totalmente desestruturada e em conflito. Seus pais adotivos se separaram e ele descobre que a nova mulher de seu pai, Heather, foi sua recente namorada. Enquanto tenta entender o que está acontecendo, seu irmão Peter tenta impedir que ele roube seu lugar na empresa. Jack, tio de Chandler, retorna da Europa, onde comandava as empresas da família naquela região, para tentar tomar o poder e controlar toda a empresa. Chandler também tem duas irmãs, Jenny Williams, que está sempre alcoolizada, e Laurie, que está sempre arrumando confusão.

No decorrer dos episódios, Chandler tenta amenizar o tumulto de seus pais divorciados, o rico patriarca Richard Williams, cabeça da Williams Global Enterprises, e a bela, Gwen, tenta demarcar o conflito, através da grama das mansões que os mantém separados, um de cada lado da rua.

Com um estilo de telenovela, estreou em 4 de outubro de 2000, na NBC. Treze episódios foram filmados, dos quais onze foram realmente exibidos. O motivo foram os baixos índices de audiência que levaram a rede NBC a cancelar a série antes de sua primeira temporada ser concluída. No Brasil foi exibida pela Warner Channel.

Hoje no #SériesNaMemória relembrando a série 3rd ROCK FROM THE SUN. A série girava em torno de quatro alienígenas que tęm como missăo aprender tudo o que é possível saber sobre a Terra (o terceiro planeta do sol) e seus estranhos habitantes, com seus estranhos costumes. O líder da missăo é Dick, patriarca da "família" Solomon, que tem como membros sua "irmă", a oficial de segurança Sally; seu "irmăo", Harry, como o oficial de comunicaçőes; e o seu "filho", Tommy. Para ocultar sua verdadeira missăo, Dick consegue um emprego de professor de Física em uma universidade de Ohio e tem, como companheiras de sala, a austera dra. Mary Albright e sua assistente Nina.

A "Família Solomon" passa a morar perto da universidade e tem como senhoria a sra. Dubcek. A partir da segunda temporada, começou a fazer parte do elenco Wayne Knight, como o patrulheiro Don Leslie, o interesse amoroso de Sally. O entendimento errado do dia-a-dia da sociedade americana pelos Solomon é o principal ingrediente dessa comédia, que conquistou vários Emmys, o Oscar da TV americana, e vários Globos de Ouro, prêmio entregue pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood. 

3rd Rock from the Sun estreou em janeiro de 1996 e foi rapidamente aclamada pela crítica como o grande sucesso da temporada. Em sua segunda temporada, a série cresceu bastante, conquistando uma grande fatia de público jovem e adulto. Os produtores executivos săo os ex-redatores de Saturday Night Live, Bonnie Turner e Terry Turner, e contam com a ajuda de Marcy Carsey, Tom Werner e Caryn Mandabach, que trabalharam no The Cosby Show e Roseanne. 3rd Rock from the Sun é uma produçăo da Carsey - Werner Company e da YBYL Productions.

E aí, vocês também lembram da série? Deixe nos comentários.

Ei! Hoje relembrando no Séries na Memória a inesquecível série Charlie's Angels (ou As Panteras como ficou conhecida no Brasil). A série se passava na agência de detetives de Charlie Townsend é uma das únicas do mundo que reúne competência, eficiência e beleza. Sim, muita beleza. Como ex-operativo das Forças Armadas dos Estados Unidos, Charlie (na voz de John Forsythe) sabe que muita gente precisa de ajuda e pode pagar por isso. Assim, nasceu a ideia de criar uma agência de detetives, na qual suas agentes são mulheres habilidosas em armas e defesa pessoal e, também, na arte da sedução. E aí que tudo começa!

O primeiro time de detetives é formado por ex-policiais de Los Angeles - Kelly, Jill e Sabrina -, todas coordenadas por John Bosley, o elo entre as Panteras e o próprio Charlie, o chefe que nunca dá as caras na sede da agência. Enfrentando todo o tipo de perigo, as Panteras de Charlie sabem como lidar com situações difíceis. E, para isso, não evitam usar sua mais poderosa arma - o charme. Além de Kelly, Jill e Sabrina, a agência de Charlie também pode contar com a ajuda de outras panteras, como Tiffany, Kris, irmã de Jill, e Julie. Todas dispostas a tudo para resolver um caso.

No elenco configurou a inesquecível Farrah Fawcett, Kate Jackson, Jaclyn Smith, Shelley Hack, Cherryl Ladd, Tanya Roberts, John Forsythe (a voz de Charlie) e David Boyle. No Brasil, a série ficou famosa nos anos 70 como "As Panteras".

Vou ficando por aqui! Até a próxima.

Hoje no Séries na Memória de #14 é Caroline in the City. Uma excelente sitcom dos anos 90, mas que ainda pude assistir na década de 2000 nas tardes do canal Sony. A comédia foi estrelada por Lea Thompson (a intérprete da inesquecível Maggie McFly, em De Volta para o Futuro e muitos outros filmes). Ela é Caroline Duffy, uma cartunista de Nova York, solteira e muito ocupada, que vive e trabalha em um loft em Manhattan e tenta lutar contra sua desastrosa vida amorosa.

Caroline é autora de uma tira cômica inspirada em sua vida, chamada Caroline in the City. Enquanto sua vida profissional é um sucesso, o mesmo năo pode ser dito de seus relacionamentos. Seu chefe é seu ex-noivo, Del Cassidy. Seu pouco atraente assistente Richard é apaixonado por ela, mas năo admite o fato em hipótese alguma, nem mesmo para si mesmo. 

Os outros personagens apresentados na série săo Annie (Amy Pietz), sua vizinha que trabalha como bailarina do musical Cats; Charlie, o colega de escritório que sempre tem uma piada infame na ponta da língua; e Remo, o dono do restaurante onde Caroline encontra-se com os amigos.

E você? Ainda lembra da série? O que mais sente falta na vida agitada de Caroline? Diz aí!

Hoje no Séries na Memória de #13 é Mysterious Ways. Experiências próximas da morte, aparições, mensagens dos mortos e esperança estão na série MYSTERIOUS WAYS. Combinando o sobrenatural em histórias de mistério, intrigas e milagres, este drama de uma hora é protagonizado por um professor de antropologia e uma psicóloga que buscam respostas para diferentes fenômenos.

Mysterioys Ways

Declan Dunn (interpretado por Adrian Pasdar) é um dinâmico e atrapalhado professor de Antropologia. Depois que foi salvo, aparentemente de forma milagrosa, de uma avalanche, ficou obcecado em explicar outros acontecimentos surpreendentes. Sempre acompanhado de seu cachorro, usa diferentes métodos em suas investigações. Não aceita a existência de fenômenos milagrosos sem antes buscar uma resposta científica e racional. Está sempre envolvido em confusões com a direção da universidade onde trabalha.

A psicóloga Peggy Fowler (Rae Dawn Chong, do filme Comando para Matar) trabalha em um hospital ajudando os pacientes. Tem dificuldade em acreditar em fenômenos fantásticos e milagres depois de uma grande perda. A partir de seu contato com Declan Dunn, luta para se manter cética diante das histórias incríveis que investigam.

Logo no primeiro episódio, Declan Dunn e Peggy Fowler tentam entender o que aconteceu com um menino que quase morre depois de cair em águas congeladas. Declan descobre que ele foi salvo por uma figura misteriosa, que todos acreditam ser uma moradora de rua. Mas o final da história é mais surpreendente: o responsável pelo salvamento do garoto pode ser seu pai morto anos antes, durante a Guerra do Golfo.

MYSTERIOUS WAYS teve produção executiva de Peter O'Fallon e Carl Binder; produção de Harold Tichenor, Frank Giutra; co-produção de Melissa R. Byer, Treena Hancock, Dawn Ritchie, Keri Young e direção de Carl Binder e foi exibido pelo Canal Sony no Brasil.

A série Sinistro (no original So Weird) explorou os fenômenos paranormais e o mistério dos fantasmas, unindo drama e ação no decorrer dos episódios. 

Usando fenômenos sobrenaturais como ponto de partida em cada episódio, a série mostra estranhos acontecimentos sob o ponto de vista da adolescente de 14 anos, Fiona “Fi” Phillips (interpretada por Cara DeLizia). Ela e seu irmão mais velho, o também adolescente Jack Phillips (Patrick Levis), viajam com a mãe Molly Phillips (Mackenzie Phillips), uma cantora de rock, pelos EUA. Fiona é uma garota doce, inteligente e muito boa em computadores, mas também obcecada por fatos estranhos. Junto com este trio, estão Clu Bell e seus pais, Ned e Irene, a empresária da banda. 

O conceito da série Sinistro surgiu a partir do documentário “The UFO Report: Sightings” realizado por Henry Winkler, Michelle Davis e Alec Griffith, em 1991, para a FOX Television. Desde sua estréia, “The UFO Report: Sightings” se tornou o campeão de audiência das sextas-feiras americanas. A partir deste grande sucesso, Henry Winkler propôs a idéia de desenvolver uma série voltada para crianças e adolescentes, que unisse suspense e assuntos paranormais. Henry também não esqueceu de acrescentar uma boa dose de humor e aventura conquistando o público. 

Ao longo do caminho dessa turnê, Fiona, uma garota de aproximadamente 14 anos de idade, doce, inteligente e que adora mexer em computadores, começa a descobrir que pode se comunicar com seu pai, que já havia morrido quando ela tinha somente três anos de idade, assim como outras capacidades até então desconhecidas.

Com o passar dos episódios, principalmente durante a segunda temporada da série os acontecimentos passaram a ter um tom mais pesado e sombrio. Diversos novos acontecimentos começaram a envolver Fiona, assim como os aparecimentos de monstros que até então não faziam parte do espetáculo como vampiros, lobisomens e sereias, entre outros.

Após uma temporada cheia de acontecimentos envolvendo diversos fenômenos com tema bem mais dramáticos, os episódios voltaram a ter um tom mais juvenil durante a terceira temporada, assim como houve uma mudança no elenco, devido a saída da atriz principal Cara de Lizia que interpretava a personagem Fiona, depois do primeiro episódio da terceira temporada.

Para substituí-la uma outra personagem tida como uma amiga da família chamada Annie Thelen (interpretada por Alexz Johnson) foi introduzida. As histórias também passaram a ter um foco diferente das outras temporadas, centralizando-se mais em coisas inimagináveis como, por exemplo, ter a alma sugada e presa numa fotografia e também aparecimentos de ETs, bonecos de voodoo e coisas do gênero.

Após a finalização da terceira temporada, os executivos da rede acharam por bem encerrar a série devido a saída da atriz Cara de Lizia, assim como a dos produtores executivos Jon Cooksey e Ali Marie Matherson que também decidiram deixar o espetáculo porque muitos episódios já imaginados por eles, não poderiam ser executados por divergências com a Disney, que tinha outro ponto de vista em sua direção.

A série foi exibida no Brasil pelo Disney Channel, Fox Kids, Jetix e pelo SBT. Infelizmente atualmente não é reprisada em nenhum lugar mais. 

É isso, mais uma série que ficou na memória. Até  a próxima!

Ei! Para mais um post do #SériesNaMemória separei parar falar da minha amada Charmed. Apesar de sido exibida por anos pelo Canal Sony e pelo extinto canal Liv, foi no Syfy Brasil que pude começar a assistir a série para valer e me apaixonar pelas personagens e suas tramas. Infelizmente o canal não transmitiu as duas últimas temporadas. Mas enfim, tô aqui pra falar de Charmed.

Charmed

Charmed (Jovens bruxas, título que recebeu no Brasil) é um seriado que foi ao ar entre 1998 e 2006 pela extinta rede The WB. Apesar de ter se perdido um pouco no caminho, é ela quem ocupa o Séries na Memória de #11.

A história gira em torno de três irmãs bruxas, cada qual com o seu(s) poder(es), mas que juntas formam as Charmed Ones (Encantadas). Poderosas e temidas no mundo sobrenatural, são pessoas com vidas normais e confusas, como qualquer um. Precisam equilibrar os dois lados e impedir que a mágica seja “revelada” para a população em geral. Por serem tão poderosas, são procuradas por aqueles que precisam de sua ajuda e por seres que adorariam destruí-las.  A abertura, que sempre muda a cada temporada (já que inclui algumas cenas da season), dá uma ideia do que esperar. A música “How soon is now” se encaixou com perfeição. Assista abaixo:

Apesar da série ter permanecido no ar por tanto tempo, várias mudanças foram feitas desde a sua estreia. Após começarem a gravar o piloto, uma das atrizes desistiu; Alyssa Milano assumiu o papel dela. Na segunda temporada, Constance M. Burge, criadora da série, saiu. E no final da terceira temporada, Shannen Doherty também deixou a série Com isso, a história teve que ser modificada. Tiveram que inventar uma irmã caçula, meio bruxa, meio anjo, fruto de uma relação entre a mãe das bruxinhas com seu anjo, e foi quando entrou  Rose McGowan. Confesso que gostei da Paige (sua personagem) e da interpretação de Rose McGowan, mas lamentei pela saída de Shannen, pois sua personagem era de extrema importância.

Pra mim, o mais importante foi a presença de uma série centrada em bruxas. Os episódios procuravam equilibrar doses de humor , fantasia e drama . O número de participações especiais é enorme: Julian McMahon (Nip/Tuck), Drew Fuller (Army Wives), Kaley Cuoco (The Big Bang Theory), Ivan Sergei (Gravity/ Jack & Jill), Eric Dane (Grey’s Anatomy), Victor Webster (Continuum), Oded Fehr (Covert Affairs), Balthazar Getty (Brothers & Sisters)… e também Amy Adams, enfim a lista é longa! Eu confesso que tudo correu muito bem até a sexta temporada. Na sétima, eu acabei abandonando a série pela metade. Em parte por não ter concordado com o final da sexta. E em parte por acreditar que a série já havia alcançado seu ápice e já não havia mais o que contar. Não vi o 8º e último ano por pura rebeldia. Mas não resisti e assisti aos episódios finais. O último conseguiu encerrar com chave de ouro as 8 temporadas. Sou aquele tipo de fã que reclama, esperneia, torce por dias melhores, mas que não deixa de ser fã e ainda consegue rever episódios. Recomendo a série porque realmente foi boa. Teve falhas como qualquer programa. Falta de dinheiro, problemas no elenco, na produção… O que importa é que conseguiu permanecer estável por 6 temporadas. Eu considero os 2 anos seguintes como um período obscuro. Mesmo se perdendo, o final conseguiu ser agradável, importante e memorável. Senti ali um ciclo se fechando. Sem pontas soltas. Legal quando a série consegue fazer isso. Encerrar bem.

Talvez o mais legal seja o destaque dado ao lado pessoal e familiar das bruxinhas. Viviam cercadas por demônios, anjos, fadas, duendes, etc, e estavam às voltas com problemas no trabalho ou com seus namorados. Eram chefes implicantes, vizinhas fofoqueiras, namorados humanos que nem desconfiavam da verdade… Imagina ter que esconder seu lado bruxa de um grande amor!? Ou precisar sair no meio do expediente para salvar o mundo? Sempre exploraram bem esse conflito entre a vida real e a vida “sobrenatural”. Os sacrifícios necessários. A impossibilidade de revelar a verdade sobre seus poderes para os humanos em geral. A vontade de usar livremente seus poderes em público, sem se preocupar com as consequências.

O bom de acompanhar durante tanto tempo uma mesma série é que você não apenas se apega ao elenco e a história, como também consegue ver o amadurecimento de cada um. Revendo as fotos da primeira temporada e os episódios da 5ª e 6ª, é impossível não notar a diferença. Acredito que Alyssa Milano foi a que teve o maior número de mudanças. Tanto no visual quanto na personalidade. Teve diversos tipos de cabelo e roupa, dezenas de namorados e de caçula rebelde passou a ser a irmã do meio conciliadora.

Teve de tudo na série: escola de magia (no estilo Hogwarts), sereias, casamento com demônio e com anjo, memórias (e vidas) apagadas, universos paralelos… Essa é a vantagem de ficar tanto tempo no ar, usando uma temática tão abrangente. E sem se preocupar se estava sendo infantil ou piegas. Liberdade total. Vamos recordar: era uma série da WB (atual CW), do tempo em que 7th Heaven e Buffy, The Vampire Slayer estavam no ar. Sinto falta de algo do tipo na tevê, nos dias de hoje. Algumas séries atualmente ameaçam ser algo bom, numa linha mais dramática, só que acabam se perdendo e logo quando conseguem alguma coisa são canceladas.

Charmed se tornou uma série cult e uma das séries que mais durou no ar com protagonistas femininas. Então, se você também curte um pouco de fantasia, histórias envolvendo bruxas, anjos e demônios, vai gostar de Charmed. Nesse quesito, nenhuma série conseguiu superá-la.

A série terá um reboot para o próximo ano também pelo canal The CW (extinto The WB). Vamos aguardar e ver como vai ser.

Oi! Ahh séries juvenis da década passada, eram tão boas. Por isso elas terão um espaço especial aqui, pelo menos as que eu assistia na época. Hoje temos ''O Portal do Intercâmbio'' no #10 do Séries na Memória.

O Portal do Intercâmbio

O jovem surfista Brett Miller, interpretado por Zachary Garred, é o personagem principal da série "Portal do intercâmbio" originalmente chamada de Foreign Exchange. Ele mora em Perth, na Austrália, com sua família: sua mãe Jackie, seu padrasto Craig, sua meia-irmã Meredith e Wayne, filho do primeiro casamento de seu padrasto. Infelizmente, só há três quartos nessa casa, e não quatro. Brett dá uma volta no porão e encontra uma pedra. Ao virá-la, acaba achando um portal que o leva ao Colégio O'Keeffe em Galway, na Irlanda. Lá, ele encontra uma garota chamada Hannah O'Flaherty (interpretada por Lynn Styles), e conta a ela como ele chegou lá através do portal. Eles se tornam grandes amigos. Hannah passa a ser conhecida pela família de Brett como uma irlandesa que se mudou para Austrália. Na Irlanda, Brett é conhecido como ajudante do zelador Seamus. E Brett acaba ficando com o porão como quarto, entrando no portal e viajando no espaço sempre que quiser.

Criada em 2004 por John Rapsey, a série chegou ao Brasil em 2006 pelo Boomerang. Foi uma das séries que marcaram a programação do até repaginado Boomerang que passou a apostar em séries juvenis em seu passado. E também teve exibição pela TV Cultura.

Uma curiosidade do porque a série está no Séries na Memória é pelo fato de ter marcado a infância. Um dos desejos de quando eu era mais novo, era encontrar um local para um refúgio, um local que me transportasse para um novo lugar e que pudesse fazer muitos amigos e brincar por ali. Fui assistir a série anos depois e que era basicamente era isso.

O episódio piloto está disponível no Youtube, para quem se interessar ou para quem quiser rever a série. Fico por aqui.

Todos temos séries favoritas na vida. Aquela que sempre que alguém pergunta qual é a série de tv que você mais gosta, entre todos que passam na sua mente, você acaba lembrando daquela que mais te marcou. Uma das minhas favoritas com certeza é Felicity. E é sobre ela que vou falar na #9 do Séries na Memória.

A princípio todos podem acreditar que a série é boba, ingênua, sem nenhum tipo de apelo que instigue o telespectador a buscar conhecê-la. De fato, Felicity não é um programa de TV que chame a atenção pela temática ou pelos atores, desconhecidos na época, exceto pela Ranger Rosa, sobre a qual falarei mais adiante. Felicity veio para retratar a transição da adolescência para a vida adulta pelas mãos do mago JJ Abrams, responsável por sucessos como Alias , Lost e Fringe.

Felicity Porter (interpretada por Keri Russell) é uma adolescente com uma autoestima bastante questionável. O pouco que se sabe sobre sua vida nos é contado no episódio piloto da série: uma garota do interior que busca consolidar a carreira de médica, seguindo os passos do pai. Tudo estava preparado na vida da menina, inclusive em qual Universidade ela iria estudar. Porém, o que a família não imaginava é que Felicity, repentinamente, reverteria esse quadro.

Apaixonada desde sempre por Ben Covington (Scott Speedman), a garota muda completamente o rumo de sua vida quando recebe um pouco de afeto do rapaz, que deixa um recado carinhoso em seu anuário. O “mantenha contato” que Ben disse para Felicity foi o suficiente para que ela mudasse, de vez, o seu destino. Ela descobre que ele vai estudar na Universidade de Nova York e avisa seus pais que também está indo para lá.

A partir dessa decisão, a história começa a mostrar a que veio. Felicity perde o apoio da família, que rejeita a atitude da filha de imediato. A Big Apple não é tão receptiva quanto a apaixonada universitária acreditava ser e começa a perceber que está, de fato, sozinha no mundo. E são as amizades que nascem a partir deste ponto que são capazes de manter Felicity com o pé no chão e o sonho de se tornar uma grande artista.

Felicity conhece suas três melhores amigas para sempre: Elena (Tangi Miller), Julie (Amy Jo Johnson) e Meghan (Amanda Foreman). Elena é estudante de medicina, tem convicções fortíssimas sobre sua vida e está decidida e mudar o conceito que as pessoas têm de uma jovem negra, que busca a realização de um sonho; Julie é uma filha adotiva, cujo maior desejo é encontrar o verdadeiro pai. É cantora e, em alguns momentos do programa, decepciona a amiga Felicity, quando resolve ficar com Ben; e Meghan é uma gótica maluca, que dividia o quarto da faculdade com Felicity, que aos poucos mostra que suas atitudes radicais e seu jeito grosseiro de ser são apenas uma fachada de alguém muito especial.

Outros que aparecem no decorrer do programa são Noel (Scott Foley), Sean (Greg Grumberg) e Javier (Ian Gomez). Sean é um sonhador autônomo, que tenta ganhar a vida com invenções que ninguém quer comprar. Se envolve com Meghan e os dois percebem como duas vidas distintas podem se tornar uma só; Javier veio para preencher o universo gay que uma série adolescente deve ter. É o chefe de Felicity e Ben, que trabalham como atendentes no Dean & Deluca. Ele é sensível, um amigo dedicado e um eterno apaixonado; e Noel é aquele rapaz doce, ingênuo que descobre que ama Felicity com todas as suas forças, mas que recebe com dor a rejeição do amor da amiga, que sempre, sempre escolheu o desprezo de Ben.

Felicity me toca porque é real. Retratou, durante quatro temporadas, o universo adolescente que colide bruscamente com a vida adulta. Como lidar com situações, até então, desconhecidas? O que é a vida sem o apoio direto dos pais? Como conseguir forças para continuar amando e lutar pelo homem de sua vida? As amizades, as relações estabelecidas e o vínculo com um sonho maior fazem com que nossa protagonista se torne um verdadeiro exemplo de força, determinação e reflexo de um sucesso que é possível alcançar quando se tem perseverança.

O mundo precisa de mais Felicities, ele precisa de mais Noels. Com certeza o programa serviu como base para muitas séries que surgiram a partir de Felicity, mas muitos, infelizmente, ainda marginalizam o seriado por achá-lo “água com açúcar”. De fato, só irão se identificar com as histórias de Felicity aqueles que, de alguma forma, sentiram na pele a dificuldade de atravessar o abismo que existe entre os sonhos da adolescência com a realidade bruta da vida adulta.

E, para os curiosos, a Ranger Rosa, que mencionei antes, é a atriz Amy Jo Johnson. Ela fez parte da primeira geração de Power Rangers, no papel de Kimberly. Quando saiu da série infantil, Amy buscou se dedicar à profissão de cantora e acabou ganhando um papel de coadjuvante em Felicity, na qual também aproveitou para mostrar seus talentos musicais. Eu tenho o CD com a trilha sonora das temporadas iniciais, que inclusive conta com a a canção de Amy Jo Johnson.

Então é isso, até a próxima.

Um belo dia uma roteirista achou que seria genial escrever uma versão adolescente da história de Joana D’Arc e, com o aval da CBS, surgiu em 2003 Joan of Arcadia, série teen que ocupa a #8 do Séries na Memória.

Tudo bem que a série não é exatamente um drama adolescente, ela acaba pendendo um pouco pro lado de série familiar, mas o ponto é que vocês já entenderam a premissa.

Joan Girardi, interpretada por Amber Tamblyn é uma adolescente normal, até que um belo dia começa a conversar com Deus. Tecnicamente ele começa a conversar com ela, Joan não estava muito aberta a papo, mas o todo poderoso é bem insistente.

A cada episódio, Deus aparece com uma missão, algo que ele quer que Joan cumpra. Nada muito grandioso, às vezes ele apenas quer que ela arrume um emprego. E nem Joan e nem nós conseguimos inicialmente entender o porquê disso, mas no final tudo sempre tem uma boa explicação.

Joan of Arcadia

Lendo isso, deve se imaginar que não poderia haver série mais boba já produzida na televisão. A verdade é que Joan of Arcadia existe para lembrar que não é preciso fazer algo mirabolante, com mil plots twist e tramas complexas de apelo dramático exagerado para produzir uma boa série. Uma ideia simples, um roteiro bem feito e um bom elenco garantem perfeitamente bem uma indicação ao Emmy e uma audiência de 10 milhões de expectadores.

Joan Of Arcadia é um teen drama com uma forte pegada de drama familiar, por que por mais que o foco acabasse sendo na Joan e na sua, literal, relação com Deus, acabávamos vendo muito da dinâmica da família, dos problemas que Kevin , interpretado por Jason Ritter, irmão mais velho de Joan, tinha que lidar com a recente condição de cadeirante. Também tínhamos os casos policiais de Will Girardi, Joe Mantegna (David Rossi de Criminal Minds), ou sua relação com a esposa Helen, Mary Steenburgen.

Essa era uma série da CBS, mas que não teria me surpreendido se pertencesse ao adorável universo da finada The WB. Infelizmente, Joan of Arcardia teve uma vida curta, sendo cancelada após sua segunda temporada devido à queda na audiência.

Sem dúvida um dos fatos mais marcantes da série é a abertura ao som de One of Us.

Nos últimos anos foi reprisado a exaustão pelo antigo Sony Spin, infelizmente atualmente a série está fora do ar.