Séries na Memória – #11: Charmed

Ei! Para mais um post do #SériesNaMemória separei parar falar da minha amada Charmed. Apesar de sido exibida por anos pelo Canal Sony e pelo extinto canal Liv, foi no Syfy Brasil que pude começar a assistir a série para valer e me apaixonar pelas personagens e suas tramas. Infelizmente o canal não transmitiu as duas últimas temporadas. Mas enfim, tô aqui pra falar de Charmed.

Charmed

Charmed (Jovens bruxas, título que recebeu no Brasil) é um seriado que foi ao ar entre 1998 e 2006 pela extinta rede The WB. Apesar de ter se perdido um pouco no caminho, é ela quem ocupa o Séries na Memória de #11.

A história gira em torno de três irmãs bruxas, cada qual com o seu(s) poder(es), mas que juntas formam as Charmed Ones (Encantadas). Poderosas e temidas no mundo sobrenatural, são pessoas com vidas normais e confusas, como qualquer um. Precisam equilibrar os dois lados e impedir que a mágica seja “revelada” para a população em geral. Por serem tão poderosas, são procuradas por aqueles que precisam de sua ajuda e por seres que adorariam destruí-las.  A abertura, que sempre muda a cada temporada (já que inclui algumas cenas da season), dá uma ideia do que esperar. A música “How soon is now” se encaixou com perfeição. Assista abaixo:


Apesar da série ter permanecido no ar por tanto tempo, várias mudanças foram feitas desde a sua estreia. Após começarem a gravar o piloto, uma das atrizes desistiu; Alyssa Milano assumiu o papel dela. Na segunda temporada, Constance M. Burge, criadora da série, saiu. E no final da terceira temporada, Shannen Doherty também deixou a série Com isso, a história teve que ser modificada. Tiveram que inventar uma irmã caçula, meio bruxa, meio anjo, fruto de uma relação entre a mãe das bruxinhas com seu anjo, e foi quando entrou  Rose McGowan. Confesso que gostei da Paige (sua personagem) e da interpretação de Rose McGowan, mas lamentei pela saída de Shannen, pois sua personagem era de extrema importância.

Pra mim, o mais importante foi a presença de uma série centrada em bruxas. Os episódios procuravam equilibrar doses de humor , fantasia e drama . O número de participações especiais é enorme: Julian McMahon (Nip/Tuck), Drew Fuller (Army Wives), Kaley Cuoco (The Big Bang Theory), Ivan Sergei (Gravity/ Jack & Jill), Eric Dane (Grey’s Anatomy), Victor Webster (Continuum), Oded Fehr (Covert Affairs), Balthazar Getty (Brothers & Sisters)… e também Amy Adams, enfim a lista é longa! Eu confesso que tudo correu muito bem até a sexta temporada. Na sétima, eu acabei abandonando a série pela metade. Em parte por não ter concordado com o final da sexta. E em parte por acreditar que a série já havia alcançado seu ápice e já não havia mais o que contar. Não vi o 8º e último ano por pura rebeldia. Mas não resisti e assisti aos episódios finais. O último conseguiu encerrar com chave de ouro as 8 temporadas. Sou aquele tipo de fã que reclama, esperneia, torce por dias melhores, mas que não deixa de ser fã e ainda consegue rever episódios. Recomendo a série porque realmente foi boa. Teve falhas como qualquer programa. Falta de dinheiro, problemas no elenco, na produção… O que importa é que conseguiu permanecer estável por 6 temporadas. Eu considero os 2 anos seguintes como um período obscuro. Mesmo se perdendo, o final conseguiu ser agradável, importante e memorável. Senti ali um ciclo se fechando. Sem pontas soltas. Legal quando a série consegue fazer isso. Encerrar bem.

Talvez o mais legal seja o destaque dado ao lado pessoal e familiar das bruxinhas. Viviam cercadas por demônios, anjos, fadas, duendes, etc, e estavam às voltas com problemas no trabalho ou com seus namorados. Eram chefes implicantes, vizinhas fofoqueiras, namorados humanos que nem desconfiavam da verdade… Imagina ter que esconder seu lado bruxa de um grande amor!? Ou precisar sair no meio do expediente para salvar o mundo? Sempre exploraram bem esse conflito entre a vida real e a vida “sobrenatural”. Os sacrifícios necessários. A impossibilidade de revelar a verdade sobre seus poderes para os humanos em geral. A vontade de usar livremente seus poderes em público, sem se preocupar com as consequências.


Charmed

O bom de acompanhar durante tanto tempo uma mesma série é que você não apenas se apega ao elenco e a história, como também consegue ver o amadurecimento de cada um. Revendo as fotos da primeira temporada e os episódios da 5ª e 6ª, é impossível não notar a diferença. Acredito que Alyssa Milano foi a que teve o maior número de mudanças. Tanto no visual quanto na personalidade. Teve diversos tipos de cabelo e roupa, dezenas de namorados e de caçula rebelde passou a ser a irmã do meio conciliadora.

Teve de tudo na série: escola de magia (no estilo Hogwarts), sereias, casamento com demônio e com anjo, memórias (e vidas) apagadas, universos paralelos… Essa é a vantagem de ficar tanto tempo no ar, usando uma temática tão abrangente. E sem se preocupar se estava sendo infantil ou piegas. Liberdade total. Vamos recordar: era uma série da WB (atual CW), do tempo em que 7th Heaven e Buffy, The Vampire Slayer estavam no ar. Sinto falta de algo do tipo na tevê, nos dias de hoje. Algumas séries atualmente ameaçam ser algo bom, numa linha mais dramática, só que acabam se perdendo e logo quando conseguem alguma coisa são canceladas.

Charmed se tornou uma série cult e uma das séries que mais durou no ar com protagonistas femininas. Então, se você também curte um pouco de fantasia, histórias envolvendo bruxas, anjos e demônios, vai gostar de Charmed. Nesse quesito, nenhuma série conseguiu superá-la.

A série terá um reboot para o próximo ano também pelo canal The CW (extinto The WB). Vamos aguardar e ver como vai ser.

0 COMENTÁRIOS:

Postar um comentário

My Instagram