Filme #88 – Fuga do Hospício: A História de Nellie Bly (Escaping the Madhouse: The Nellie Bly Story, 2019)

Nelly Bly não lembra quem é, nem porque está internada em um manicômio. Com a ajuda de um jovem doutor, Nelly começa a recobrar a memória, mas suas lembranças podem colocá-la em um perigo ainda maior. Em #88 o filme é ''Fuga do Hospício: A História de Nellie Bly'' (Escaping the Madhouse: The Nellie Bly Story, no original).

Inspirado na história real da jornalista Nellie Bly que se infiltrou em um asilo para doentes mentais, no século 19, Womens’s Lunatic Asylum, que publicou o livro Ten Days in a Mad-House (Dez Dias no Hospício).

Em uma missão para expor as condições deploráveis e o tratamento dado às pacientes na famosa instituição Women’s Lunatic Asylum, a repórter investigativa Nellie Bly (interpretada por Christina Ricci) finge ter uma doença mental, para ser internada. O filme oferece um relato intenso e ficcional de eventos reais que cercaram a experiência de Nellie, começando depois que ela passou por um tratamento, que a deixou sem lembranças de como ela chegou ao asilo ou sua verdadeira identidade. A recusa de Nellie em se submeter à autoridade resultou em tortura indescritível nas mãos da enfermeira-chefe, Matron Grady (interpretada por Judith Light).

Fuga do Hospício: A História de Nellie Bly

Na história real, com todos os acontecimentos presenciados em apenas 10 dias no hospício, Nellie recebeu alta. Sua reportagem publicada posteriormente em livro, chamado Dez Dias em Um Hospício, causou um furor na opinião pública e elevou o nome de Nellie ao estrelato. Médicos e funcionários tentaram explicar o quão decepcionados estavam com o relato, enquanto promotores lançaram uma investigação sobre as condições no hospital psiquiátrico, convidando Nellie para participar. Eles elaboraram um relatório recomendando mudanças extensas no tratamento dado às pacientes e aumentaram o orçamento do Departamento de Correções e Caridade em 850 mil dólares. O relatório também exigia que apenas pessoas severamente doentes fossem enviadas aos hospitais.

Uma heroína da vida real, Elizabeth Cochran Seaman (1864-1922), mais conhecida sob o pseudônimo de Nellie Bly teve um papel pioneiro e singular nos Estados Unidos e inspirou a reforma mundial dos tratamentos concedidos aos doentes psiquiátricos. Além de jornalista, foi também escritora, inventora, administradora e voluntária em obras de caridade, mais conhecida por sua viagem de circunavegação do globo em 72 dias, simulando a viagem ficcional de Phileas Fogg, no livro de Júlio Verne.

Foi também pioneira nas reportagens investigativas, fingindo insanidades para estudar uma instituição para tratamento de doentes mentais por dentro. Foi então que Nellie Bly decidiu iniciar uma grande matéria expondo as condições deploráveis de tratamento que as pacientes recebiam na renomada Women’s Lunatic Asylum, na ilha de Nova York, Blackwell. Expondo tudo e todos, ela conseguiu que todo esse sistema fosse mudado, dando condições mais dignas para os pacientes de asilos.

Ótimo filme, é impressionante a forma como os manicômios eram mantidos naquela época. Nellie Bly foi uma mulher bastante inteligente, muito à frente do seu tempo, também de muita coragem e que merece ser lembrada. O filme tem uma história extremamente interessante e que poderia ser melhor aproveitada. Como é uma produção feita para a TV, não é de se esperar muito, mas eu gostei. Recomendo!

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