De futebol americano a boxe, estes longas emocionam e alguns foram até premiados contando histórias verdadeiras

Para quem pratica e acompanha, o esporte é parte vital da rotina. Algumas das histórias mais emocionantes têm como pano de fundo algum esporte, e o cinema volta e meia explora muito bem isto. Apesar de apelar mais para o público ativo, estas histórias lidam com temas universais, como família, justiça, talento e determinação. Seja para inspiração ou repúdio, são histórias que valem a pena conhecer.

Rush - No Limite da Emoção (2013)

Sem o reconhecimento que merece, "Rush - No Limite da Emoção" (2017) conta a história de dois dos melhores pilotos de Fórmula 1 dos anos 70: Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth), representando a Ferrari e a McLaren, respectivamente.

Determinados a ser um melhor que o outro, os dois constantemente se botavam em risco durante as corridas e a rivalidade entre os corredores chegou em seu ponto alto em 1976, quando Lauda sofreu um grave acidente. Com uma montagem dinâmica que não deixa o espectador perder o interesse na história, assistir às diferenças das duas personalidades (Hunt extremamente despojado e contando com seu talento; Lauda com uma meticulosidade e estudo sobre as partes técnicas do esporte) é um dos pontos altos do filme.

Um Sonho Possível (2010)

Com o futebol americano de certa forma como pano de fundo, "Um Sonho Possível" (2010) toca o coração dos espectadores pela demonstração de humanidade e empatia. Michael Oher (Quinton Aaron) ganha uma bolsa para uma escola particular para jogar futebol americano, mas por conta de sua vida familiar, ele dorme no ginásio da escola.

Sua vida muda completamente quando Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) acolhe o garoto em sua casa, apesar dos comentários racistas de seus amigos. Investindo na carreira do garoto, os Tuohy dão o maior presente que Michael poderia querer: uma boa família. Mostrando as dificuldades e diferenças que Big Mike teve que superar e ajustar ao entrar em uma escola majoritariamente branca, essa história de um dos grandes jogadores da NFL não só emociona como dá um pouco de esperança para o público.

Eu, Tonya (2017)

Produzido e estrelado por Margot Robbie, "Eu, Tonya" (2017) foca na história incrível de Tonya Harding, uma talentosa patinadora de gelo acusada de mandar quebrar a perna de sua maior competidora durante os Jogos de Inverno de 1994. O filme segue desde sua infância até o dia do incidente, narrado majoritariamente por Harding e seu marido Jeff Gillooly (Sebastian Stan).

Os dois contam lados extremamente diferentes de duas histórias, deixando para o público a liberdade de escolher sua própria verdade. Liderado pelo extremo talento dos dois atores, vale lembrar da participação de Allison Janney (que ganhou o Oscar por sua performance) como a mãe de Tonya. O mais extraordinário no filme talvez fique no fato de que, apesar de baseado em pessoas e fatos reais, os personagens e a história são quase incríveis, no sentido literal da palavra.

Touro Indomável (1980)

Produção de um dos maiores diretores da atualidade, "Touro Indomável" (1980) é uma das parcerias entre Martin Scorsese e Robert De Niro. O drama sobre lutador peso-médio Jake LaMotta é a trágica história de que o sucesso profissional não resolve ou necessariamente ajuda com problemas pessoais.

Apesar de muito talentoso, o boxeador não deixava a agressividade no ringue, com cenas explícitas em que LaMotta espanca sua mulher e irmão por não conseguir controlar sua raiva. Baseado na autobiografia de Jake, o filme em preto e branco sobre o autodestrutivo e ciumento pugilista garantiu a De Niro sua segunda estatueta do Oscar, mas a única na categoria de Melhor Ator.

A Guerra dos Sexos (2017)

Com um tema extremamente atual, "A Guerra dos Sexos" (2017) segue Billie Jean King (Emma Stone) e Bobby Riggs (Steve Carell) antes e durante sua partida de tênis em 1973. Lutando pela igualdade de gênero, King aceita o desafio de jogar contra Riggs, que, apesar de aposentado, está convencido de que pode ganhar de uma mulher.

Baseado em um dos grandes eventos esportivos do mundo, o filme lida com as dificuldades de King em se estabelecer como uma respeitada jogadora assim como os homens, ao mesmo tempo que questiona sua sexualidade. Enquanto ela luta para provar seu valor, Riggs tenta reviver a glória de seu passado e recuperar sua esposa, que o deixou por conta de seu vício em apostas. Inspirador para todas as mulheres, o longa de Jonathan Dayton e Valerie Faris demonstra como a sociedade deveria ter evoluído, mas ainda não chegou lá.