Plot twist: 5 filmes que vão dar um nó na sua cabeça

Uma grande reviravolta no roteiro ou revelações que nos fazem questionar tudo o que assistimos até então – os plot twists são recursos muito utilizados nos filmes, mas nem todos são eficientes em realmente mexer com o espectador de alguma maneira que não seja barata, forçada ou simplesmente fraca.
Quando bem executadas, essas reviravoltas nos marcam e fazem com que essas produções fiquem marcadas em nossa mente por anos e, geralmente, acabam tornando-se clássicos de uma geração. Veja abaixo cinco exemplos de plot twists bem executados no cinema:

Se7ven (1995)

Considerado um dos melhores filmes de thriller criminal e um dos mais importantes de sua época, “Se7ven – Os Sete Crimes Capitais (1995)” conta a história de dois detetives que investigam um serial killer obcecado com os sete pecados capitais. Em determinado ponto da trama, o assassino revela que quer levar os detetives de encontro ao corpo das últimas duas vítimas, e então Somerset (Morgan Freeman) recebe uma caixa contendo a cabeça da esposa de seu parceiro Mills (Brad Pitt).
O assassino revela que a matou por inveja – o sexto pecado – e agora quer que Mills o mate pela ira – o sete e último pecado capital. Há quem diga que é possível prever essa reviravolta alguns minutos antes de ela acontecer, mas isso não diminui o choque.


Clube da Luta (1999)

Um narrador sem nome (Edward Norton) abre um “clube da luta” junto com seu amigo Tyler Durden (Brad Pitt), que acaba atingindo proporções absurdas em todo o país. Os dois acabam se desentendendo em certo ponto, mas várias pessoas conhecidas começam a chamar o narrador de Tyler – na verdade, eles são a mesma pessoa.
O personagem de Edward Norton sofre de transtorno dissociativo de personalidade e “Tyler” é quem assume quando o narrador vai dormir. “Clube da Luta” (1999) virou um clássico cult e por trás de sua trama faz críticas ao consumismo, capitalismo e masculinidade tóxica. Ainda vale muito a pena assistir ou ler o livro no qual foi baseado, escrito por Chuck Palahniuk.


Jogos Mortais (2004)

Antes de virar uma franquia com oito filmes, o primeiro Jogos Mortais (2004) foi muito falado no mundo todo e atraiu a atenção até de quem não se considerava grande fã de filmes um tanto... gráficos. Nessa trama inicial, quase que um piloto, dois homens acordam acorrentados, cada um no canto de uma sala, e há um corpo morto no meio dessa sala. O assassino Jigsaw faz vários desafios com eles e, caso eles não cumpram essas tarefas, vão morrer.
Depois de muito sangue e sofrimento, vem o susto – o corpo morto era Jigsaw o tempo todo, que levanta e põe um fim na brincadeira. É seguro dizer que ninguém esperava que o próprio assassino estivesse no meio da ação o tempo todo, inerte e apenas observando. O sucesso comercial foi tanto que deu em todos esses filmes, protagonizando até mesmo discípulos de Jigsaw.

A Origem (2010)

Toda a premissa de A Origem (2010) já é maluca por si só – Don Cobb (Leonardo DiCaprio) é um ladrão que usa o mundo dos sonhos para obter informações importantes e fazer com que as coisas deem certo para ele. Chega um ponto em que ele recebe a missão de apenas plantar uma ideia na cabeça do filho de um grande magnata empresarial. Há muitas teorias sobre o que realmente acontece e qual é o final desse filme, o que é apenas prova de como a trama deixa o espectador cheio de nós na cabeça.
A questão é que, no mundo dos sonhos, quanto mais fundo você vai, maior é o risco de sua mente passar a acreditar que aquele sonho é, na verdade, a realidade, e você ficar em um limbo, quase em coma. Para saber se está sonhando ou está no mundo real, Cobb tem um pião que se continuar girando sem parar, significa que ele está sonhando. No final do filme, ele põe o pião para rodar e a câmera corta antes que possamos saber se é um sonho ou não.
Daí fica o twist, pois é bem possível que ele estivesse sonhando tudo o que aconteceu. O trabalho de Christopher Nolan deu muito o que falar e este é considerado um dos filmes mais intrigantes e visualmente espetaculares da última década.

Interestelar (2014)

Num futuro distante, a vida na Terra fica ameaçada, com poucos recursos, falta de alimento e água. Na trama, a NASA criou missões para busca de outros planetas habitáveis, as quais passaram por um buraco de minhoca ao lado de Saturno e encontraram três possíveis candidatos, mas o contato com esses astronautas foi perdido. O protagonista Cooper (Matthew McConaughey) vai compor a tripulação de mais uma missão dessas, com intuito de averiguar a situação desses planetas. Sua filha pequena, Murphy (Mackenzie Foy) acredita que há um “fantasma” em seu quarto, que se comunica com ela através de código morse.
Esse ser alerta ela que seu pai deveria ficar e não ir à missão, mas ele vai mesmo assim. No fim das contas, Cooper acaba tendo que se jogar no buraco negro e acaba parando em um “tesserato” no qual o tempo é apenas outra dimensão, e que o “fantasma” no quarto de Murphy era ele próprio e que esse espaço foi criado por uma civilização humana avançada para que eles pudessem obter a informação necessária para salvar a humanidade daquele tempo.
Cooper então usa radiação gravitacional para enviar dados da singularidade do buraco negro à Murphy adulta (Jessica Chastain), permitindo assim que eles possam evacuar a Terra e sobreviver. Por mais que Interestelar tenha usado de alguns clichês e argumentos batidos, esse plot twist certamente explodiu a cabeça de muita gente.

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