Dica de Série – #06: Dance Academy

Não sou exatamente um fã de danças, mas se tem uma série que me surpreendeu foi Dance Academy e achei que seria um bom momento para falar dela.

Antes de qualquer coisa, preciso dizer que comecei a assistir despretensiosamente pelo Boomerang há uns anos, voltei a rever pela Netflix, porque queria ver algo leve também. E o que seria melhor do que uma série teen australiana com poucos episódios? Pois bem, é aí que começam as surpresas.

Girando em torno de uma escola de dança e da chegada da interiorana Tara ao seu sonho de poder dançar profissionalmente, a trama começa bem tranquila, sem muitas inovações. Um grupo de jovens convive na academia, com direito a todas as disputas adolescentes comuns, mas com uma pitada de concorrência, dada a competitividade deste universo. Confesso que eu não sabia direito que existia tanta pressão para dançar cada vez melhor, tanto para si quanto em comparação aos outros. E foi curioso perceber o quanto os personagens ensaiam e precisam aprender a se entregar para conseguir o resultado que desejam. Tudo isso enquanto lidam com alguém tentando ser melhor do que você, bem do seu lado.

Digo isso porque um dos destaques da trama é Abigail, uma jovem bailarina que mostra suas garras já nos primeiros episódios. Mas não, isso não quer dizer que ela seja uma grande vilã. Até teremos uma um pouco mais declarada ao longo da temporada, mas é mais uma questão de dubiedade, do que você está disposto a fazer para chegar em primeiro lugar, ou do quanto você pode fazer mal aos outros simplesmente porque ainda não sabe o que quer para si. (sim, Grace, estou falando de você). É algo até sutil, mas que se torna instigante de se acompanhar.


Dance Academy

Agora, se você está achando que a trama fica nesse chove não molha, é bom ir se preparando. Lá pela 2ª temporada, quando você ainda não percebe que está envolvido com a série, é que vem um golpe baixo, baixíssimo, que vai te fazer ficar em posição fetal chorando sangue. Não vou me estender no assunto, para não ser spoiler , mas acredito que tenha sido a reviravolta que mais me marcou neste ano, embora a série já tenha sido encerrada.

Na verdade, aqui vem um outro contraponto, lembra quando eu falei que eram poucos episódios? Então, realmente são poucos, até demais. Na 3ª temporada, o encerramento da história vem em 13 episódios, deixando aquele gostinho de que poderia ter continuado por muito mais tempo, talvez com uma nova geração. Apesar que não sei se saberia desapegar de Christian, o dançarino que tenta ser bad boy; Kat, a amiga divertida, filha de lendas da dança e que não sabe o que quer da vida; Sammy, o menino cativante, que precisa enfrentar o pai e ainda lidar com sua sexualidade; Ben, que chega mais tarde, mas com um sorriso que esconde um segredo e até de miss Raine, a diretora que acaba se tornando uma espécie de figura maternal para todos.

De qualquer maneira, para quem deseja conhecer um pouco mais do universo da dança – eu aprendi até a gostar de ver solos – ou apenas se sentir cativado por personagens carismáticos, ou ainda ver que o medo da competição pode te tornar cruel, esta é uma boa opção. A série está disponível na Netflix, aproveitem.

0 COMENTÁRIOS:

Postar um comentário

My Instagram