Dica de Série – #01: Buffy the Vampire Slayer

O ano começa e é sempre uma época para começar coisas novas, montar esse blog foi uma das ideias que já estava em mente. Criar uma parte nele para apenas recomendar séries e falar de muitos personagens que ficaram na memória. Surge então o Dica de Série. Por aqui irá passar séries de diversos estilos e gêneros e que valem a pena.

Toda semana teremos uma série indicada, serão séries que ainda estão no ar o que já foram finalizadas ou canceladas. Muitas que se consagraram ou que ainda aquelas que nem são tão conhecidas assim. E pra começar bem, trouxe uma série que é uma das minhas favoritas: Buffy the Vampire Slayer (ou Buffy A Caça-Vampiros).

Buffy Summers (Sarah Michelle Gellar)

Em 1997, uma série derivada de um filme massacrado pela crítica de 1992 de mesmo nome foi encomendada como tapa-buraco na pequena emissora The WB, que até então era pouco conhecida. E é essa a série que vai ocupar a 1ª semana do nosso Dica de Série.

Em Buffy – a Caça-Vampiros, a personagem-título é “A Escolhida” para matar vampiros e demônios e livrar o mundo do mal. Sempre quando uma Caçadora morre, outra é convocada, e agora é a vez de Buffy Summers (Sarah Michelle Gellar). Depois de ter sido expulsa de seu colégio em Los Angeles por ter ateado fogo no ginásio – que estava cheio de vampiros – no dia do baile (acontecimentos mostrados no filme), a garota se mudou com a mãe para Sunnydale, procurando uma vida normal. Mas ela não sabia que a cidade – mais especificamente, sua escola – ficava exatamente em cima da Boca do Inferno, de onde todos os monstros, demônios, vampiros e criaturas da escuridão saíam para assombrar o mundo exterior.

A produção não tinha dinheiro para contratar diretores, os amigos de Gellar diziam que sentiam pena da atriz pelo papel ingrato que conseguiu e ninguém acreditava no futuro da série. No final das contas, a série só chegou ao fim em 2003, depois de 144 episódios, porque a atriz principal resolveu abandonar o barco sob aplausos, antes de ser convidada a se retirar, e não existe Buffy sem Buffy.

O roteirista do filme, Joss Whedon, foi responsável por levar sua história para a TV cinco anos depois do mediano longa. Whedon não gostou muito do resultado final do filme de Fran Rubel Kuzui e disse que a Buffy de Kristy Swanson não era do jeito que ele pensava, então escreveu o episódio piloto da série como uma continuação de seu roteiro original.

Elenco principal da série ao longo das temporadas

Os 12 episódios da primeira temporada, em quem ninguém botava fé, foram feitos para divertir, sem o intuito de ser levado realmente à sério. Muita bizarrice, mas um roteiro que amarrava bem a comédia e a ação, combinados com romance adolescente e dramas familiares – tudo em um ambiente hostil que poderia ser atacado por vampiros ou demônios a qualquer momento. Sarah Michelle Gellar faz uma protagonista que sabe ser uma forte guerreira ou uma delicada adolescente sem deixar de ser engraçada (e eu não estou falando das calças de couro e os penteados do fim do século XX), e é nesse clima de “falta de seriedade” que o público é envolvido e acaba levando a história mais à sério a cada episódio. Se é que isso faz algum sentido.

Como disse o crítico de TV Matt Roush, uma série que tenha as palavras “Buffy” e “caça-vampiros” no título está fadada a ser ridicularizada pela indústria televisiva, então, só o fato de ter durado sete anos no ar (podendo ter durado mais, se a protagonista não tivesse abandonado o projeto) já é uma prova de sua singularidade.

Mais de uma década depois de sua estreia, a série ainda faz fãs tardios por aí, sendo vitalícia no papel de fenômeno cult. Mesmo depois de tanto tempo, o roteiro e suas citações pop ainda funcionam, fazendo com que Buffy seja uma série atemporal.


Atualmente, vampiros voltaram à moda e livros, séries e filmes sobre o tema são lançados aos montes. Mas antes de brilharem no sol e beberem sangue sintético, Buffy tratou os mortos-vivos com seriedade e humor na medida certa, conquistando o público com o apelo trash e a humanidade dos personagens. A série nunca bateu recordes de audiência ou ganhou prêmios conceituados, mas conseguiu o que tantas produções atuais tentam desesperadamente e falham: aquele público fiel e devotado que ainda vai adorar a série 21 anos depois de sua estreia.

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