Minha Memória de Séries #58 – Mr Bean

Uma comédia do Reino Unido que conquistou o mundo. Estreiou originalmente da rede ITV, produzida entre os anos de 1990 até 1995. Ecce homo qui est faba (Eis o homem que é feijão; ''bean'' , em inglês) é o tema de abertura da série. Um londrino infantil e inepto que usa um terno de tweed muito pequeno e uma gravata vermelha fina - sim, é nosso amigo Mr. Bean. Decidi relembrar essa série britânica que conquistou o mundo e gerações.

Apesar de dois filmes bem-sucedidos e um desenho animado, Mr Bean era apenas uma sitcom, mas uma sitcom assistida por 18 milhões de pessoas, que girava em torno de pouquíssimos personagens: Rowan Atkinson como Mr. Bean, Matilda Ziegler como sua namorada e um ursinho de pelúcia.

''Mr. Bean é muito independente'' explicou o protagonista da série para IGN. ''porque é tão introspectivo, egoísta e autocentrado que não há necessidade de ter outra pessoa em cena.'' Com pouquissimos diálogos, Mr. Bean está mais próximo do trabalho dos antigos comediantes Charlie Chaplin e Buster Keaton do que uma sitcom atual. O super expressivo Rowan Atkinson dá vida à inocência e falta de jeito quase infantil de Bean. A comédia baseia-se nessas características, mostrando que tarefas simples, como ir à lavanderia, jogar minigolfe, nadar e preparar a ceia de natal também podem dar errado.

Mr. Bean


Esse estilo visual de comédia fez sucesso com pessoas de diversas culturas e gerações. ''Bean é tão conhecido em Xangai e na Venezuela quanto em Wolverhampton'', disse Atkinson em entrevista ao theartsdesk.com. Afinal de contas, quem não riria de Bean tentando se trocar na praia com cuidado para que um dos frequentadores não o visse pelado, percebendo depois que o sujeito era cego? Aliás, é muito difícil assistir a Mr. Bean com o rosto impassível. ''Ele é uma criança presa no corpo de um homem, e é aí que está a graça'', observou Atkinson. ''Seu egocentrismo e sua anarquia instintiva são engraçados de assistir.''

Arrisco escrever aqui, que Mr. Bean é a versão Londrina de Chaves e dos Trapalhões. Rowan Atkinson deu show de interpretação e nos entregou um dos personagens mais carismáticos já criados, um humor tão simples e sem maldade, coisa rara de se ver hoje em dia. Minha única lamentação é que a série seja tão curta (eu imaginava que tinha várias episódios), porque ela é única com o seu clima agradável e nostálgico, coisa que nenhum dos filmes conseguiu imitar, embora sejam muito bons e divertidos também.

Bean tem um tipo de comportamento semelhante a uma criança de 5 anos, que pode ser: ele é precoce, egoísta e travesso, mas também pode ser doce e tem momentos em que ensina às pessoas ao seu redor algo sobre as simples alegrias de vida e amizade. É uma criatura de grandes expressões faciais e gestos físicos, raramente precisando falar para transmitir significado, humanidade e humor. Cada episódio tem seu toque único e sua cena memorável, as risadas são garantidas sempre, algumas vezes fazendo até a barriga doer. É incrível como o Bean curte cada momento de forma única, uma fonte de inspiração ao lado de algumas soluções que ele toma, sensacional. 

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