Minha Memória de Séries #34 – Charmed

Ei amigos! Hoje é 31 de outubro, então é oficialmente Halloween! Pra aproveitar a data trouxe ao Minha Memória de Séries a clássica e cult Charmed. A série gira em torno de Prue, Piper e Phoebe (interpretadas por Shannen Doherty, Holly Marie Combs e Alyssa Milano, respectivamente) que são as irmãs Halliwell. Elas moram num velho casarão que herdaram da avó. Seriam pós adolescentes normais, se não fosse por um "pequeno" detalhe: são bruxas. Tudo tem início quando descobrem um livro no porão da casa onde moram, lá está escrito que são descendentes de feiticeiras, e que para libertar seus poderes, teriam de fazer um encanto. Fizeram. Hoje são bruxas do bem, cada uma com um poder diferente: Prue move as coisas com a força do pensamento; Phoebe, vê o passado e o futuro; e Piper pára o tempo. Juntas são fortes, e, com a ajuda do Livro das Sombras, protegem o mundo dos bruxos maus.

Charmed

Lançada em 1998 pelo canal The WB, foi batizada no Brasil de ''Jovens Bruxas''. Apesar de sido exibida por anos pelo Canal Sony e pelo extinto canal Liv, foi no Syfy Brasil em 2012 que pude começar a assistir a série para valer e me apaixonar pelas personagens e suas tramas.

A história gira em torno de três irmãs bruxas, cada qual com o seu(s) poder(es), mas que juntas formam as Charmed Ones (Encantadas). Poderosas e temidas no mundo sobrenatural, são pessoas com vidas normais e confusas, como qualquer um. Precisam equilibrar os dois lados e impedir que a mágica seja “revelada” para a população em geral. Por serem tão poderosas, são procuradas por aqueles que precisam de sua ajuda e por seres que adorariam destruí-las.  A abertura, que sempre muda a cada temporada (já que inclui algumas cenas da season), dá uma ideia do que esperar. A música “How soon is now” do Love Spit Love se encaixou com perfeição. 

Fiz questão de legendar a abertura, confira!


Apesar da série ter permanecido no ar por tanto tempo, várias mudanças foram feitas desde a sua estreia. Após começarem a gravar o piloto, uma das atrizes desistiu; Alyssa Milano assumiu o papel dela. Na segunda temporada, Constance M. Burge, criadora da série, saiu. E no final da terceira temporada, Shannen Doherty também deixou a série Com isso, a história teve que ser modificada. Tiveram que inventar uma irmã caçula, meio bruxa, meio anjo, fruto de uma relação entre a mãe das bruxinhas com seu anjo, e foi quando entrou  Rose McGowan. Confesso que gostei da Paige (sua personagem) e da interpretação de Rose McGowan, mas lamentei pela saída de Shannen, pois sua personagem era de extrema importância.

Pra mim, o mais importante foi a presença de uma série centrada em bruxas. Os episódios procuravam equilibrar doses de humor , fantasia e drama. Eu confesso que tudo correu muito bem até a sexta temporada. Na sétima, eu acabei abandonando a série pela metade. Em parte por não ter concordado com o final da sexta. E em parte por acreditar que a série já havia alcançado seu ápice e já não havia mais o que contar. Não vi o 8º e último ano por pura rebeldia. Mas não resisti e assisti aos episódios finais. O último conseguiu encerrar com chave de ouro as 8 temporadas. Sou aquele tipo de fã que reclama, esperneia, torce por dias melhores, mas que não deixa de ser fã e ainda consegue rever episódios. Recomendo a série porque realmente foi boa. Teve falhas como qualquer programa. Falta de dinheiro, problemas no elenco, na produção… O que importa é que conseguiu permanecer estável por 6 temporadas. Eu considero os 2 anos seguintes como um período obscuro. Mesmo se perdendo, o final conseguiu ser agradável, importante e memorável. Senti ali um ciclo se fechando. Sem pontas soltas. Legal quando a série consegue fazer isso. Encerrar bem.

Charmed na 4a temporada

Talvez o mais legal seja o destaque dado ao lado pessoal e familiar das bruxinhas. Viviam cercadas por demônios, anjos, fadas, duendes, etc, e estavam às voltas com problemas no trabalho ou com seus namorados. Eram chefes implicantes, vizinhas fofoqueiras, namorados humanos que nem desconfiavam da verdade… Imagina ter que esconder seu lado bruxa de um grande amor!? Ou precisar sair no meio do expediente para salvar o mundo? Sempre exploraram bem esse conflito entre a vida real e a vida “sobrenatural”. Os sacrifícios necessários. A impossibilidade de revelar a verdade sobre seus poderes para os humanos em geral. A vontade de usar livremente seus poderes em público, sem se preocupar com as consequências.

Teve de tudo na série: escola de magia (no estilo Hogwarts), sereias, casamento com demônio e com anjo, memórias (e vidas) apagadas, universos paralelos… Essa é a vantagem de ficar tanto tempo no ar, usando uma temática tão abrangente. E sem se preocupar se estava sendo infantil ou piegas. Liberdade total.

Já são 12 anos desde que o último episódio da série foi ao ar. E o tempo passou e pasmem: a temática das bruxinhas continua em alta. Pensando nisso, a série ganhou um reboot que teve estreia nesse mês de outubro, também pelo canal The CW (a antiga The WB que exibiu a série por toda sua vida). Já conferi o primeiro episódio e pretendo continuar vendo até formar uma opinião sobre a série. Por enquanto é estranho assistir um reboot de uma série ainda ''recente''.

Enfim, Charmed se tornou uma série cult e uma das séries que mais durou no ar com protagonistas femininas. Então, se você também curte um pouco de fantasia, histórias envolvendo bruxas, anjos e demônios, vai gostar de Charmed. Nesse quesito, nenhuma série conseguiu superá-la.

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