Minha Memória de Séries #33 – That 70′s Show
dezembro 15, 2020
Às vezes nos deparamos com algo que nos ataca diretamente naquela parte do cérebro onde guardamos as nossas memórias afetivas, nos levando a uma viagem para os melhores dias das nossas vidas. Com That 70′s Show, a passagem é de primeira classe e esta é a Minha Memória de Séries desta semana.
A série retratou em suas oito temporadas a transição para a vida adulta de seis adolescentes na fictícia cidade de Point Place – Wisconsin. O pano de fundo é a década de 70 como todas as cores e excessos inclusos. Abordando com sagacidade impressionante as mais diversas situações, não há como assistir a série e não se identificar – eu fiz isso, eu passei por aquilo – exceto, é claro, os que ouvem funk sem fone de ouvido no busão, neste caso recomendo Teletubbies.
That 70′s Show |
Não existe um destaque na série, todos os personagens são bons, sejam principais, secundários ou recorrentes. Até mesmo a última temporada que sofreu o desfalque de dois protagonistas Topher Grace e Ashton Kutcher, que resolveram enfatizar a carreira no cinema, segurou a onda com a adição de Josh Meyers e a ‘promoção’ de Tommy Chong com o genialmente sequelado Leo.
Confesso que evito propositadamente até mesmo citar os nomes dos personagens, gostaria que as três pessoas que convencerei a assistir não sofram qualquer influência e assim como eu tenham uma experiência absolutamente pessoal, revivendo o que é realmente a melhor idade que é a fase anterior àquela em que precisamos equilibrar chefes imbecis, colegas que desejam nos apunhalar, clientes quadrúpedes e pilhas de contas.
Dos diversos assuntos tratados, como primeiros namoros, descoberta do sexo, gravidez na adolescência, dificuldades financeiras, doença, morte, trabalho e por aí vai, dou destaque ao uso de drogas. Antes de qualquer coisa, deixo bem clara a minha postura a respeito, sou inflexivelmente contra o consumo de qualquer droga, principalmente a maconha, e é justamente esta droga que é retratada de modo recorrente na série. Com frequência os garotos se reúnem no porão para um evento chamado de “The Circle”.
A droga em si jamais aparece, mas seus efeitos estão lá através das coisas mais sem sentido que podem sair da boca de um ser humano – o que me leva a crer que “Que tiro foi esse?” não foi concebida pelo homo sapiens – de qualquer maneira fica a mensagem da série, a maconha te deixa estúpido.
Outro momento recorrente é o devaneio, quando qualquer personagem delira a respeito de uma possibilidade ou situação futura dando aquela carga de tinta em situações comuns, Van Gogh não faria melhor.
Enfim, depois de aborrecer a todos com essas pessimamente traçadas linhas escrevo o que é relevante de verdade a respeito: Assistam, é genial.
Eu acompanhava alguns episódios da série no Canal Sony e por alguns tempos na Band também. Mas está disponível na Netflix, que é melhor ainda. Isso é tudo.
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