Filme – Amy: Uma Vida pelas Crianças (Amy, 1981)

 Ela os ensinou a falar. Eles a ensinaram a amar.

Este filme de extraordinária sensibilidade, conta a história de Amy, uma mulher rica e infeliz, que descobre uma nova razão para viver. Ela abandona o marido prepotente e se dedica a cuidar de crianças deficientes visuais e auditivas, e aprende o verdadeiro sentido do amor. Diretamente dos estúdios de Walt Disney.

Amy: Uma Vida pelas Crianças (Amy, 1981)

Com direção de Vincent McEveety e baseado em uma história real. O filme é ambientado em uma escola rural do início do século 20 e conta a história de uma jovem mulher, chamada Amy (interpretada por Jenny Agutter), que acabou tendo um filme surdo. O casamento dela logo entra em crise, com o marido a culpando por ter lhe dado um filho surdo e a acusa de ser incapaz de gerar filhos ''normais''. Com a morte de seu filho, Amy sai de casa e decide dedicar sua vida a educação de crianças ''deficientes''. Apresentando-se em um instituto para crianças surdas e cegas, oferecendo-se para uma vaga de professora de fala. Na instituição, a comunicação entre os surdos e os professores/as e demais funcionários se dá pelo uso da língua de sinais. A novidade para os fonoaudiólogos é que Amy não conhece a linguagem "libra", mas estudou como fazer uma pessoa com uma surdez adquirir a falar.

Amy trabalha a possibilidade de recuperar os surdos, ensinando-lhes a falar (em parte também para se libertar da culpa que a acompanha por não ter conseguido ensinar o próprio filho a falar). Amy logo consegue ensinar com sucesso um adolescente surdo chamado Henry Watkins (interpretado por Otto Rechenberg) a falar e se relacionar com ele, mas nem todos estão convencidos disso. Com o passar dos dias, as crianças continuam a aprender e interagir com outras crianças, provando que suas deficiências não as impedem de viver uma vida “normal”. Por meio de seu trabalho com as crianças, elas a transformam em uma mulher muito mais forte, mesmo quando a adversidade e a tragédia atingem a escola. Outro ponto bem importante no filme também é a autodeterminação das mulheres, pois mostra como Amy escapou de um marido rico e controlador para encontrar realização em um trabalho que valeu a pena. Logo, o objetivo do filme é atingido, quando consegue mostrar que o amor e a dedicação são os ingredientes necessários para a recuperação/normalização/cura dos sujeitos surdos. 

Um drama íntimo, caloroso, cativante, despretensioso e bem interpretado de uma época em que a Disney estava engatinhando em filmes live action mais maduros. Uma curiosidade sobre o filme é que ele foi pensado para ser lançado diretamente para a televisão, porém a Walt Disney Productions sentiu que o filme era “tão poderoso” que merecia um lançamento nos cinemas. Gostei muito do desempenho da atriz principal, Jenny Agutter, bem convincente e a alegria e a gratidão das crianças proporcionam as emoções do filme. Excelente. 

Disponível no Disney+. Até!

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