Uma obra-prima de Steven Spielberg. Apesar de ser o segundo filme do diretor americano, Tubarão pode ser colocado no topo de sua rica filmografia

É indiscutível: a história do cinema deve ser dividida entre a.T (antes de Tubarão) e d.T (depois de Tubarão). Isso porque o filme do até então jovem diretor Steven Spielberg (na época com 28 anos!) revolucionou a sétima arte tanto como cinema propriamente dito quanto como produto.

Ao mesmo tempo que imprimiu uma nova linguagem no cinema de suspense, com várias tomadas de câmera subjetiva (influência notadamente hitchcockiana) e uma montagem frenética, também modelou o conceito de pop corn movie, onde as bilheterias superam a casa dos US$ 100 milhões.

O enredo é bem amarrado e até os dias de hoje bem atual: em uma pequena cidade litorânea dos EUA, um enorme tubarão branco começa fazer vítimas entre os banhistas das praias.

O problema é que durante o mês de julho (período da história) a cidade tira o burro da sombra: fatura alto com os turistas para passar bem economicamente pelo resto do ano.

O prefeito, o pipoqueiro da esquina e o dono da mercearia são contra a interdição das praias e aí começa um jogo de gato-e-rato entre o bicho e o xerife interpretado por Roy Scheider.

No jogo de interesses, também têm papel importante um velho marinheiro especialista em caçar as feras do mar (Robert Shaw, dando um show) e um fanático por oceanografia (Richard Dreyfuss, ainda menino).

Com efeitos especiais modernissimos na época, mas que hoje parecem um pouco ultrapassados, além do célebre peixão de borracha como protagonista, Tubarão é um achado - abriu a Idade dos filmes blockbusters com dignidade, não abusando da paciência e sem ofender a inteligência do espectador.

Pena que desvirtuaram tudo em Hollywood com tranqueiras do tamanho como Sharknado...

Título Original: Jaws

Título no Brasil: Tubarão

País: Estados Unidos

Ano de Lançamento: 1975

Direção: Steven Spielberg

Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb

Gênero: Suspense

Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss

Nota: 10,0