Séries na Memória – #07: Punky, A Levada da Breca

Depois de ter falado de Sabrina Aprendiz de Feiticeira, dessa vez vamos falar de Punky Brewster, chamada no Brasil de “Punky, A Levada da Breca” (seja lá o que breca signifique). Assisti nas tardes da Band e até uma reprise um pouco recente pelo SBT.

Se você foi criança durante o final dos anos 80/início dos 90, provavelmente já, pelo menos, ouviu falar dessa série. Mas também se assim como eu, você foi nascido dos anos 90 e acompanhei TV pela década de 2000 deve ter se deparado com as inúmeras reprises da série pelo SBT. A história gira em torno de Penélope Brewster (aqui no Brasil “Brewster” virou “Baker”), mais conhecida como Punky (interpretada por Soleil Moon Frye), que é abandonada pela mãe em um supermercado e, quando se vê sozinha, passa a morar em um apartamento vago em um prédio de Chicago. O síndico do prédio – o fotógrafo Arthur Bicudo – acaba a encontrando e os dois formam uma amizade muito grande, já que ambos estão solitários. Isso os leva a se tornarem uma família de verdade. O laço entre os dois é, sem dúvida, a principal história e é emocionante.

Punky Brewster

Apesar deles serem os dois personagens principais, em que a maioria  das tramas vão se focar (junto com o cachorro Pinky). a série ainda conta com o grupo de amigos de Punky (Cátia, Anderson Junior e  Margot), a avó de Cátia, Luíza. Claro que o humor é o traço mais  frequente, principalmente pelas confusões que Punky  arruma. Mas a série também levantou assuntos que, por mais que  fossem mais sérios, fazem parte da vida de muitas crianças como, por  exemplo, abandono, adoção, abuso sexual de menores, entre outros.  Nisso, “Punky” estava anos luz à frente de enredos infantis da época e  até de algumas atuais. Tratar desses tipos de temas de uma forma que, além de educar, faça a criança entender, é muito difícil, mas a  série conseguiu isso de uma forma leve, que não deixasse o show  impróprio para crianças.

Apesar de Punky ser uma comédia, o episódio que sempre se destacou para mim foi um duplo de terror. Em The Perils of  Punky, ela e os amigos vão acampar na floresta e acabam se  perdendo, o que já é uma premissa de filme de terror. Eles entram em  uma caverna para se abrigar e começam a contar histórias de terror  que são, aliás, sobre crianças que se perdem em uma floresta. Você  acha que vai parar por aí, que alguém vai encontrar eles, porque  afinal é uma série infantil. Mas não, nesse momento é que fica perturbador  pois seus amigos começam a desaparecer e para encontrá-los de novo  ela precisa vencer um espírito maligno. No final, tudo não passava da  imaginação dos personagens, mas foi marcante para mim eles fazerem um episódio como esses em uma série para crianças  e isso é comentado até hoje por quem fala sobre Punky.

Além da série, que teve 88 episódios de 1984 até 1988, foi feita uma animação da série chamada “It’s Punky Brewster!”. A série entrava e saia da grade do SBT com frequência e, anos mais tarde, ainda foi transmitida pela Band. Fez parte da minha infância e tenho certeza que fez parte da de muitos outros também. Uma das coisas mais marcantes sobre Punky é a sua música de abertura, que vocês podem ouvir aqui.


“Nunca mais eu vou dizer que essa vida me aborrece (Punky)
Deixo pra você resolver só pra ver o que acontece (Punky)
A menina que ilumina toda vez que a gente vê
Ainda tenho muito que aprender com você.”

Infelizmente, a série hoje não é exibida em nenhum canal brasileiro. Mas, quem pretende assistir, pode encontrar ela online, pelo Youtube com alguns episódios avulsos. 

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