Pra você, o que é ser popular? Bem, não importa. Em 29 de setembro de 1999 estreava uma série que abusava do sarcasmo e da ironia sobre a popularidade e dos estereótipos de adolescentes americanos no universo escolar, tornando-se um fenômeno entre os jovens, Popular. E esta é a produção que ocupa o Séries na Memória de hoje.

Popular

Criada por Ryan Murphy e Gina Matthews, a trama – que podemos considerar a precursora de Glee – abusou de exageros e clichês para contar a história da popular Brooke McQueen (Leslie Bibb) e da estranha e impopular, Sam McPherson (Carly Pope). A arena que abrigava a luta pela “popularidade” entre as duas era o Kennedy High School. Mas como a ironia dominava a série, o que elas não contavam é que iriam ter que aprender a dividir muito mais que o espaço no colégio, mas a própria casa. O pai de Brooke, Mike McQueen (Scott Bryce) e a Mãe de Sam, Jane McPherson (Lisa Darr), se conhecem acidentalmente e se apaixonam. E como toda boa série precisa de conflitos, decidem se casar. O que era só uma guerra de egos no colégio, rapidamente sobe o nível para uma guerra de poder familiar.

E se estamos falando de uma briga de “reinos”, em cada lado existem súditos. Nicole Julian (Tammy Lynn Michaels), Mary Cherry (Leslie Grossman), Josh Ford (Bryce Johnson) e Sugar Daddy (Ron Lester) pertencem ao lado dos populares. Já Harrison John (Christopher Gorham), Carmem Ferrara (Sara Rue) e Lily Esposito (Tamara Melo) estão do lado impopular dessa briga.

O foco da primeira temporada pertenceu ao embate entre Sam e Brooke e as inúmeras tentativas de separar os pais que estão prestes a se casar. Com um golpe do destino, Sam reencontra a mãe de Brooke e a convence que sua família precisa dela, assim, ao final da primeira temporada, Mike e Jane estão separados.

No segundo ano, como é comum nas séries de Ryan Murphy, é hora de arrumar todos os esforços do último ano e após separarem os pais, as meninas se vêem na guerra para unir os dois, além de disputarem o amor do impopular Harrison e sofrer com dramas mais profundos. Alguns dizem que essa mudança de rumo foi o que prejudicou a audiência da série, que caiu em sua segunda temporada e fez com que existisse o cancelamento prematuro da história.

Antes de defender qualquer lado, Popular era um “dramédia” (drama + comédia) da melhor qualidade.   Até os professores da escola apresentavam alguma extravagância, que era sempre bem vinda naquele universo, que muitas vezes, apresentava certos exageros, que combinavam com a acidez e sátiras ao mundo das séries teen e dos tipos adolescentes típicos americanos.

Mesmo apresentando só duas temporadas, Popular é uma série que merece ser assistida. E se você é fã de Glee e acredita que os diálogos e personagens apresentados na série são maravilhosos, garanto que é porque você ainda não foi apresentado ao mundo de Popular, ou como ficou conhecida no Brasil, Popularidade em sua exibição nas manhãs de domingo do SBT e também pelo Canal Sony.