Minha Memória de Séries #30 – Buffy the Vampire Slayer

Estudante de dia que enfrenta problemas comuns como qualquer adolescente, de noite uma poderosa caça vampiros. Quero recordar uma das melhores séries que já assisti Buffy the Vampire Slayer. Que vai ocupar a #30 do nosso Minha Memória de Séries. É dessa confusão que trata o seriado. Já falei da série aqui no blog várias vezes, mas nunca de fato tinha criado um post somente pra ela. A série é repleta de ação, lutas muito bem coreografadas, efeitos especiais, drama e humor negro. Tudo isso fez com que Buffy se tornasse um sucesso e servisse de inspirações para inúmeras séries que vieram logo após seu lançamento.

A cada geração existe um escolhido. Uma garota destinada a defender a humanidade contra os demônios, os vampiros e as forças das trevas. Ela é a caçadora. Após uma dura iniciação em Slayerhood, Buffy deixa Los Angeles e se muda para Sunnydale, uma comunidade suburbana da Califórnia aparentemente descontraída. Mas a paz e a tranquilidade rapidamente desaparecem quando Buffy descobre que Sunnydale realmente descansa na ''Boca do Inferno'' - um local de convergência mística para atividades demoníacas. E assim a luta continua, e os dias de caça de Buffy estão longe de terminar.

Minha coleção de ''Buffy the vampire Slayer''

Buffy the Vampire Slayer conta a história de uma adolescente norte-americana, Buffy Summers (interpretada por Sarah Michelle Gellar), que se muda de Los Angeles para Sunnydale. Ela não fazia a menor ideia do que era até que um homem chamado Rupert Giles (interpretado por Anthony Stewart Head) a procurou falando que ela era a escolhida, e que sua missão era de proteger o mundo do mal, matando vampiros e demônios. O começo foi traumático, mas ao longo das temporadas Buffy foi se acostumando e se aprimorando cada vez mais. Mas apesar de tudo, Buffy tenta levar uma vida normal com seus amigos, a nerd da informática Willow (interpretada por Alyson Hannigan), o cara comum e atrapalhado Xander (interpretado por Nicholas Brendon), a esnobe Cordelia (interpretada por Charisma Carpenter), familiares e as vezes seus namorados, mas nem sempre isso é possível, principalmente quando se namora um vampiro, ou quando se vê as voltas com uma bruxinha muito simpática, ou com um amigo lobo.

Nas primeiras temporadas o ponto alto da série foi o amor proibido de Angel (interpretado por David Boreanaz) e Buffy, e como disse Giles: "Seria poético se não fosse trágico, Caçadora amando vampiro". A produção e o roteiro de Joss Whedon traz uma equipe bem afinada e uma afinidade com o tema fantástico que apresenta. Bruxas, Lobisomens, Caçadoras, Vampiros... tudo isso misturado em meio à adolescência, seus medos e satisfações. Buffy fez tanto sucesso, que deu origem a uma nova série chamada Angel, que tem como atores principais David Boreanaz (Angel) e Charisma Carpenter (Cordelia) e que combinou aventura sobrenatural e humor negro, assim como Buffy. Considero que Joss Whedon conseguiu unir um drama repleto de ação, astutamente costurado com comédia e horror. Sarah Michelle Gellar caiu perfeitamente no papel de Buffy, por isso a ideia de uma outra atriz viver a caçadora nesse possível reboot me deixa triste.

A série foi baseada no filme de mesmo nome lançado em 1992, cujo roteiro também é de Joss Whedon. A caçadora era Kristy Swanson e seu ajudante era Luke Perry. Mas na minha opinião, tudo era ruim. Nem de longe lembra a série, só o nome mesmo. Só se aproveitou os eventos ocorridos no filme para dar continuidade na série.

Além de mostrar a luta de Buffy contra ao mal a série nos mostra o cotidiano de uma escola, as dificuldades da vida seu cotidiano. Seus amores e vitórias, angustias e fracassos. Buffy nada mais é como nós mesmos, nossas próprias vidas... mas com uma alta dose de adrenalina, emoção e fantasia.

Estudando com Buffy

Ano passado estudei a disciplina ''Filosofia e Ética'' na faculdade. Aproveitei e li também o livro sobre a relação da série Buffy the Vampire Slayer com a filosofia. Isso que é unir o útil ao agradável, não é mesmo? Neste livro, o editor James South, o coordenador William Irwin e seus colaboradores identificaram em Buffy a influência dos vários pensadores e da filosofia por eles criada. O livro traz conceitos filosóficos em metafísica, epistemologia, ética e filosofia política. Alguns capítulos começam com uma questão filosófica difícil, como a  amizade ou a punição, e mostram como o seriado pode ajudar a compreender melhor o problema, fornecendo exemplos e temas. A proposta dos acadêmicos é ajudar o leitor a entender como teorias e conceitos filosóficos interagem com casos específicos, como irracionalidade humana e niilismo.

Enfim, ''Buffy, A Caça-Vampiros'' é uma das melhores séries que já vi na vida, porém é difícil de recomendar para essa nova geração. Primeiro porque pode parecer improvável levar em consideração uma série com esse título e tema. Segundo porque a primeira temporada é fraca, o que pode afastar algumas pessoas. Mas perde quem não dá uma chance à caçadora. Se o início de Buffy é bobo, quase infantil, as demais temporadas trazem uma carga dramática que poucas séries conseguem alcançar. Após, temas como homossexualidade, morte e traição se tornariam recorrentes. A cada semana, Buffy enfrentava vampiros e demônios, fossem reais ou metafóricos.

A série teve espaço para complexas tramas existenciais, metáforas sobre o consumo de drogas, maturidade e agonia existencialista. Ao prestar atenção, percebe-se que o mais admirável em Buffy também está na sutileza em retratar como nós, meros mortais, precisamos enfrentar nossos demônios pessoais todos os dias. E foi com isso que me identifiquei e continuo me identificando com a série. Só espero que o reboot seja a altura do que Buffy the Vampire Slayer foi, uma série memorável e que fez parte da minha vida.

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