Filme – Mary Poppins (1964)

Ei amigos! Continuando a maratona de filmes de final de ano, sigo com Mary Poppins, um clássico dos estúdios Disney. Um filme que exala pureza e magia em seu humor, em suas músicas/danças e em seu visual diferenciado. Por isso, escolhi para ser o #58 filme aqui no blog.

Mary Poppins

O ano é 1910. George Banks (interpretado por David Tomlinson) e sua esposa querem contratar uma nova babá para seus filhos,  Michael e Jane (interpretados por Matthew Garber e Karen Dotrice), após a última ter se demitido. Numa noite, enquanto escrevia um anúncio procurando uma nova profissional, as crianças lhe apresentam seu próprio anúncio apresentando as características de uma babá perfeita. A carta chega até a fantástica Mary Poppins (interpretada por Julie Andrews), que junto de seu amigo Bert (interpretado por Dick Van Dyke), fascinam os dois jovens com muita música e magia. Assim as duas crianças criam um vínculo de amor e afeto pela mais nova babá, Mary Poppins.

A família Banks é uma típica família britânica, exceto por alguns detalhes. A mãe é uma revolucionaria que luta pelo direito das mulheres, mas se submete ao controle do marido e reprime suas vontades quando esta perto dele. É estranho acompanhar a dualidade da personagem. Em um momento, ela corre para libertar as amigas da prisão; no outro, abaixa a cabeça e escreve com vigor tudo que seu marido dita. As crianças desejam mais que tudo um pouco de carinho dos pais, elas se veem presas a um controle rigoroso e sentem falta do afeto e do cuidado, ficando encantados quando a mágica babá aparece em suas vidas.

Em 1934, a escritora australiana Pamela Lyndon Travers (ou P.L. Travers) lançou o primeiro de uma série de oito livros infanto-juvenis chamado Mary Poppins. A história se passava em Londres e tinha como protagonista uma babá mágica inglesa, que se responsabilizava pelas crianças da família Banks. As filhas do visionário Walt Disney amaram a história, o incentivando a trazê-la para os cinemas. O longa de mesmo nome estreou em 1964, porém a batalha foi árdua para convencer Travers a lhe dar os direitos de sua história. Ela finalmente cedeu no começo da década de 1960, quando os livros não vendiam tanto como antes. Mesmo assim, a escritora sempre reclamava de algo (tanto que a realidade da produção foi adaptada para o filme Walt Disney nos Bastidores de Mary Poppins, com Tom Hanks e Emma Thompson). Travers odiou o resultado, entretanto, Mary Poppins foi um sucesso estrondoso de crítica e bilheteria. E muitos o consideram como o melhor live-action da Walt Disney Pictures. 

Supercalifragilisticexpialidoce
Sei que o som dessa palavra não é nada doce


As canções Feed the Birds e Supercalifragilisticexpialidocious são, ao meu ver, as melhores músicas. A última citada possui um nome complicado, mas depois que você assiste o filme, consegue dizê-la facilmente. Essas e muitas outras canções saíram da cabeça dos irmãos Richard e Robert Sherman. A combinação de desenho animado com live-action funcionou perfeitamente e naturalmente (algo que a autora também odiou). Quanto aos efeitos especiais, eles não envelheceram mal. A maior parte é bem convincente, e para aquela época então, eram de outro mundo.

Com um pouco de açúcar
Até remédio é um prazer!
Remédio passa a ser, bom de paladar
Só um pouco de açúcar faz qualquer remédio ser
Bem gostoso de tomar.

Embora seja um filme de 1964, não podemos negar que Mary Poppins é um filme atemporal. Além de passar a mensagem que os pais devem passar tempo com seus filhos e que os filhos devem expor seus sentimento aos pais. Acho que o Disney fez um grande trabalho com a produção e adaptação do livro de P. L. Travers, ainda que a autora não estivesse de acordo. Entendo o seu desacordo já que o filme ficou bastante diferente do livro. Entretanto, na minha opinião o que vale é o resultado final; se as crianças (grandes ou pequenas) gostaram e desfrutaram com o filme. E isso eu posso confirmar, nos divertimos muito com Mary Poppins. 

Enfim, "Mary Poppins" exala pureza e magia em seu humor. As cores e músicas geram alegria e emoção. Os sentimentos são palpáveis e tocantes. A inocência infantil e o otimismo como soluções dos problemas diários. A alegria como salvação e forma de celebração da vida. A atuação de Julie Andrews é marcante. Sua presença única e caracterização apaixonante nos conquistam facilmente. Poucas atrizes na história tiveram brilho que rivalizava com a atriz. O ótimo elenco mostra enorme sintonia e também nos arranca sorrisos. Um filme com a cara de sua época (bastante mesmo), mas que ainda funciona e nos diverte. Recomendo! 

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