Filme – Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009)

Um passeio de emoção inglória e tumultuado de vingança.

Nos primeiros anos da ocupação alemã na França, Shosanna Dreyfus testemunha a execução da sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa. Shosanna consegue escapar e foge para Paris, onde muda de nome e assume a identidade de uma dona de um pequeno cinema. Em outro lugar da Europa, o tenente Aldo Raine organiza um grupo de soldados judeus americanos para colocar em prática uma vingança. Posteriormente conhecido pelos alemães como os “Os Bastardos”, o grupo de Raine junta-se à atriz alemã e agente secreta Bridget Von Hammersmark em uma missão para eliminar os líderes do Terceiro Reich. E o destino junta todos no mesmo cinema, onde Shosanna tramou um plano de vingança próprio. Um filme de Quentin Tarantino.

Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009)

Meu nome é Tenente Aldo Raine e estou montando uma equipe especial. Preciso de 8 soldados. Oito soldados judeu americanos. Vamos soltar na França, vestidos de civis, e uma vez que estivermos em território inimigo vamos fazer apenas uma coisa: matar nazistas.

Tenente Aldo Raine

O diretor Quentin Tarantino é dono de um estilo único. Poucos diretores conseguem ser identicados tão facilmente por seu estilo. Menos ainda em atividade. Então só por isso já dá pra dizer que ele é muito bom mesmo. E seu novo filme não vai passar despercebido por ninguém. Gostem ou não do filme. E acredito que existirá quem não goste.

O filme apresenta basicamente três personagens e vertentes diferentes. Cada um lidera um núcleo da história do filme. Um caçador de nazistas, um caçador de judeus e uma judia. Bem diferente.

Tentente Aldo Raine (interpretado por Brad Pitt) monta um esquadrão que ficam andando pela Europa caçando a matando nazistas. Eles não fazem prisioneiros e cada soldado promete entregar para Raine cem escalpos (Raine tem uma herança apache) ou morrer tentando. Eles sobrevivem de forma improvável por anos nas áreas então ocupadas por nazistas fazendo suas matanças.

O vilão é Hans Landa (interpretado por Christoph Waltz) cuja capacidade de encontrar judeus o faz ser apelidado como o “Caçador de Judeus”. Landa é provavelmente a pessoa mais inteligente, e inclusive fala com perfeição inglês, alemão, francês e italiano. Logo na primeira cena do filme (ótima por sinal), ele descobre onde estão escondidas uma família de judeus. No massacre, escapa apenas a menina Shosanna.

Shosanna (interpretada por Mélanie Laurent) cresce após o massacre de sua família com documentos falsos. Muda seu nome e cuida de um cinema, onde é assediada por um soldado alemão, que é na verdade um herói nazista por ter matado sozinho 300 inimigos. O caso do soldado serve de inspiração para os desejos nazistas e acaba se tornando um filme feito por Goebbels e sua estréia será feita no cinema da moça.

Aí que as histórias se encontram: Shosanna planeja incendiar o cinema, Raine quer invadir para explodir tudo e Landa é responsável pela segurança do lugar, que receberá além de Goebbels, o próprio führer.

Aqui vale lembrar que essa não é a verdadeira Segunda Guerra Mundial, essa é a Segunda Guerra Mundial do Tarantino. Não espere uma aula de história, Tarantino não está interessado em o quê realmente aconteceu ou como aconteceu, ele está interessado em contar uma história. E acredite, o final do filme choca e consegue ser mais feliz do que na verdade aconteceu. Não me surpreenderia se eles conseguissem resgatar Anne frank. Por isso Raine fazendo caretas o filme inteiro é totalmente aceitável. É um filme deslocado da realidade.

O filme ainda apresenta uma ótima fotografia, trilha sonora, roteiro, direção... tudo bem executado. Os atores estão ótimos também. Eu gostei da forma como o filme se encerra, fizeram um desfecho muito justo. O que me chama atenção é que o Tarantino consegue trazer o lado cômico sem tornar o longa "bobo", tem toda uma energia violenta e até mesmo triste às vezes, em justiça à época em que ele se passa. Quando terminei de assistir, fiquei refletindo em como eu gostaria que a história real tivesse tido esse desfecho. Bastante louco, né? Recomendo!

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