Ei! Tem clássico no Filme... #41, As Pontes de Madison (The Bridges of Madison County, no original), dirigido por Clint Eastwood em 1995 é um clássico. As atuações de Eastwood – que além de dirigir, protagonizou – e de Meryl Streep – que foi indicada ao Oscar pelo papel – são elogiadíssimas até os dias de hoje, assim como a fotografia e a trilha sonora. Apesar de já ter ouvido falar do filme, de fato nunca tinha visto, pois bem agora resolvi escrever sobre esse filme tão sutil e, ao mesmo tempo, impactante, daqueles que nos deixam pensando na vida e em nossas decisões.
A história é bastante simples: durante quatro dias, enquanto seu marido e filhos estão para uma feira agropecuária, Francesca (interpretada por Meryl Streep) fica sozinha na fazenda da família. É quando aparece pela região Robert Kincaid (interpretado por Clint Eastwood), fotógrafo da National Geografic interessado em fotografar as famosas pontes cobertas da cidade de Madison. Durante esses quatro dias, os dois personagens se conhecerão, se apaixonarão e terão de tomar uma decisão que reverberará pelo resto de suas vidas.
O filme é, sem dúvida alguma, de Eastwood e de Streep. Apesar de outros atores desfilarem pela tela durante o longa, certamente oitenta por cento do tempo é deles juntos em cena. O que poderia ser chato, mas que com dois atores excepcionais é ótimo de ser acompanhado.
Meryl Streep constrói uma Francesca facilmente identificável: de meia idade, conheceu o marido no fim da guerra na Itália e o acompanhou de volta aos EUA, onde fixou residência na fazenda da família do marido, em Madison. Os filhos vieram, seus sonhos foram deixados de lado pela família e vivia aquela existência calma, mas sem graça.
Já Robert é diferente. O personagem de Eastwood é um cidadão do mundo, famosos fotógrafo que viaja pelo globo fotografando e vivendo sua vida. Acabou casando, mas não foi capaz de fixar residência, já que seu coração era do mundo, o que resultou num divórcio. Quando dois personagens tão diferentes se encontram, o amor acontece e daí… Bem, daí, é bom acompanhar a história e se surpreender com a delicadeza com que ela nos é contada no filme.
As Pontes de Madison |
Com paisagens deslumbrantes e uma fotografia arrebatadora, vamos entrando pouco a pouco no mundo de Francesca e sendo seduzidos por aquela nova vida que pode ser oferecida por Robert a ela. Mas, apesar disso, conseguimos entender as dúvidas da personagem, que tem dois filhos jovens e um casamento que lhe prendem.
No final, o que fica de As Pontes de Madison são os questionamentos internos que o filme acaba por nos fazer. O que estamos fazendo de nossas vidas? Será que nossas decisões são as mais acertadas? Estamos sendo realmente felizes?
E assim, pensando no desfecho daquela história, podemos botar a cabeça em nossos próprios travesseiros e pensar um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo que criamos ao nosso redor. Recomendo a todos.
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