Oi! Já posso começar falando que o filme 500 Days of Summer (500 dias com ela, no Brasil) não é um filme DE amor. É um filme SOBRE o amor e como ele acontece, mesmo que seja para apenas um dos lados da relação. É um filme delicioso de ser assistido, uma aventura, um romance, um drama, uma comédia, um mix de tudo em um único filme.
Vendido como uma comédia romântica, se você não é fã do gênero, assista sem medo e seja surpreendido. A fórmula é até que usada, mas feita de uma forma um pouquinho diferente: aqui, o rapaz é que sonha com o amor e a menina não acredita nesse sentimento. Mas, claro, essa história vai acontecer e você será envolvido por ela durante os 95 minutos de duração do longa. Aliás, sairá do cinema pensando um pouco naquela história e, porque não, comparando com as suas próprias experiências de vida.
Tom (interpretado pelo excelente Joseph Gordon-Levitt) é um arquiteto que terminou a faculdade e acabou indo trabalhar numa empresa de cartões comemorativos. Seu trabalho é exatamente o de criar esses cartões com mensagens do tipo ”Parabéns” ou “Condolências”. E ele acredita que um dia encontrará sua alma gêmea. É quando surge Summer (interpretada pela bela Zooey Deschanel), a nova assistente do escritório. E, claro, você já deve estar presumindo o rumo do filme, não é mesmo? Pois é, eu também presumi, mas com poucos minutos de projeção, me dei conta de que aquela história seria contada de forma diferente.
(500) Days of Summer |
Acompanhamos durante o filme, os tais 500 dias de Tom ao lado de Summer (por isso o nome original, 500 Days of Summer, em inglês, que acaba fazendo uma piada ótima). E o mais legal é que o diretor Marc Webb, ao invés de adotar uma narrativa linear, vai e volta no tempo, ora estando no dia #1 ora estando no dia #454, por exemplo. Dessa forma, já sabemos como essa história vai terminar, mas não é como acaba que nos interessa e sim, o que aconteceu no meio do caminho para que acabasse daquela forma.
Joseph Gordon-Lewitt constrói seu Tom de forma plausível para que acreditemos naquele cara, no seu amor por Summer. À vontade no papel, Joseph parece se divertir e se emocionar com a história que está protagonizando, acreditando nela. E sua química com Zooey Deschanel é muito boa. Aliás, Zooey fez de Summer uma figura que ora amamos e ora odiamos por suas atitudes. Atitudes essas, que são claras desde o início do filme, já que Summer, em momento algum, não é sincera com Tom.
Outro aspecto interessante do filme é a sua montagem. A cena do dia seguinte à primeira transa de Tom e Summer é hilária, já que a forma que o diretor encontra de mostrar a felicidade radiante de Tom é perfeita. Os cortes também são feitos de forma coerente e, por vezes, impactantes. Assim, se num momento acompanhamos Tom esbanjando felicidade ao entrar no elevador, no corte de tempo para o futuro, o vemos saindo do mesmo elevador destruído emocionalmente.
O filme nos faz rir em vários momentos e nos deixa pensativos em outros; nos deixa apaixonados pelos personagens em determinada situação, para depois estarmos xingando suas atitudes (talvez, atitudes essas que nós mesmos já tivemos um dia); o filme emociona e diverte, e faz isso muito bem.
Então, se ainda não assistiu ao filme, acredite, vale a pena arranjar tempo para ver. Você ficará pensativo e feliz, o que é o papel de qualquer bom filme, seja de que gênero ele for.
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