Dica de Série – #12: Dexter

Dexter ocupa o #12 do Dica de Série. Estrelada por Michael C. Hall e girando em torno da história de um serial killer. Exibida pelo canal Showtime desde 2006, a série segue um tom politicamente incorreto e conquista rapidamente em sua fase boa. Pesando principalmente na emoção do segredo sobre o protagonista ser um serial killer, eventualmente, seu nível oscila e apela para rumos que não agradam a todos, no entanto, mantém o interesse ao longo dos assassinatos e caçadas do personagem..

Baseada numa coleção de livros de mesmo nome, escrita por Jeff Lindsay, a trama gira em torno de Dexter Morgan, um psicopata com impulsos sanguinários. Criado por um pai policial e consciente da sede de sangue do filho, o protagonista tenta utilizar sua personalidade da melhor maneira possível, usando sua vontade de matar no combate a criminosos. O grande destaque à essa altura, porém, é que ele não faz isso por ser um defensor da moral e dos bons costumes. É apenas uma questão de direcionar seus impulsos e seguir friamente um código criado por seu pai, em que a primeira regra é não ser pego.

Na verdade, sentimento é uma coisa bastante relativa no universo da série e sua grande kryptonita com o passar do tempo. Durante as temporadas iniciais e que valem a pena, é possível acompanhar o relacionamento de Dex com a namorada Rita (Julie Benz), uma jovem mãe que conta com um histórico quase tão perturbador quanto o do namorado e que é responsável pelo auge da série. Uma pena que o jogo de consciências e questões sentimentais acabe ganhando destaque demais, enquanto outros elementos – como o fato do personagem ser também o especialista em sangue do Departamento de Polícia de Miami – ficam meio deixados de lado. Potencial mal aproveitado, por sinal, é o que acaba tornando a trama difícil de assistir em sua reta final.

Dexter

Antes dos problemas chegarem a um ponto insustentável, contudo, é agradável vê-lo mantendo sua rotina profissional como camuflagem perfeita para o passageiro obscuro que carrega. Misturando cenas de crimes alheias e suas próprias, o personagem possui técnicas perfeitas de assassinato, incluindo muito plástico e um ritual simbólico de lâminas de sangue, o que pode empolgar muito, apesar de soar mórbido.

Esse clima, talvez, seja o grande responsável por torná-la diferente na época de sua estreia. Contando com narrativas do protagonista, o que funciona meio que como sua consciência, o roteiro funciona muito bem por algum tempo. Ver sua violência nata tentando se equilibrar com um dia a dia de pessoa comum é algo intrigante. O lado ruim fica mesmo na troca de responsáveis pela série, o que faz com que perca completamente a identidade, passando a ser um emaranhado de baboseiras com um protagonista babaca.

Revoltas à parte, antes de chegar a esse ponto, a série é digna de ser acompanhada. Com destaque em diversas premiações, como o Emmy e o Globo de Ouro, Dexter chegou ao auge da crítica e do público antes de decair, o que faz com que valha a pena assistir e conhecer mais de seu universo. Nem que seja para parar na metade de sua existência, pra manter o gostinho bom de seus episódios. Assista e dê sua opinião. 

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