Cá estou para mais uma postagem do Comentando Filme. Já falei sobre ''Tempos Modernos'' agora é a vez de ''O Grande Ditador'' também do Charlie Chaplin. O clássico que satiriza líder nazista foi também o primeiro filme falado de Charlie Chaplin, sendo escrito, protagonizado e dirigido pelo próprio.
A trama de “O Grande Ditador” começa durante a Primeira Guerra Mundial. Chaplin é um barbeiro judeu que atua como cadete do exército da nação fictícia da Tomânia e tenta salvar um soldado chamado Schultz (interpretado por Reginald Gardiner).
O personagem de Chaplin perde a memória quando o avião em que ele e Schultz então colide com uma árvore. O soldado escapa das ferragens, mas Chaplin passa seus próximos vinte anos no hospital, enquanto muitas mudanças acontecem em Tomânia.
Adenoid Hynkel (também interpretado por Charlie Chaplin) assume o governo e acredita em uma nação puramente ariana e passa a discriminar os judeus locais. O grande ditador da Tomânia persegue judeus com a ajuda dos ministros Garbitsch (Henry Daniell) e Herring (Bill Gilbert).
Esta situação é desconhecida pelo barbeiro judeu que estava hospitalizado. Após a alta, o ex-cadete sofre amnésia e não lembra o que aconteceu na Primeira Guerra. Por ser judeu, passa a ser perseguido e precisa viver no gueto onde conhece a lavadora Hannah (interpretada por Paulette Goddard) por quem se apaixona.
Charlie Chaplin em ''The Great Dictator''
A vida dos judeus é monitorizada pela guarda de Hynkel que tem planos de dominar o mundo. O próximo passo do líder de Tomânia é invadir Osterlich, um país vizinho. Para isso, negocia um acordo com Benzino Napaloni (Jack Oakie), ditador da Bacteria.
O filme “O Grande Ditador” foi o maior sucesso de bilheteria do diretor. Iniciado em 1937 e concluído três anos depois, o longa satiriza o nazismo, o fascismo e seus maiores propagadores, Adolf Hitler e Benito Mussolini. Indicado ao Oscar em cinco categorias, incluindo a de melhor filme e melhor ator para Chaplin, o clássico não conquistou nenhuma estatueta. Mas um pra lista de filmes injustiçados pelo Oscar.
A coragem que Chaplin teve para fazer um filme desse em pleno começo da Segunda Guerra é incrível. Só poderia ser de um gênio como ele. Ao mesmo tempo que consegue ser bastante cômico em quase toda a projeção, possui um outro lado intensamente emocionante, mérito daquela sequencia final tocante. A cena do discurso final. Assista abaixo.
Desculpem-me, mas eu não quero ser um imperador, esse não é o meu ofício. Eu não quero conquistar nem governar ninguém. Eu gostaria de ajudar todos sempre que possível: Judeus, não-judeu, negros e brancos. Todos nós queremos ajudar uns aos outros. O ser humano é assim. Nós queremos viver da felicidade dos outros, não do sofrimento. Não queremos odiar e desprezar uns aos outro.Nesse mundo tem lugar para todos, a terra é boa e rica e pode alimentar a todos. O estilo de vida poderia ser livre e lindo, mas nós nos perdemos no caminho. A ganância envenenou a alma do homem, criou uma barreira de ódio, nos guiou no caminho de assassinato e sofrimento. Nós desenvolvemos a velocidade, mas nos fechamos em nós mesmos. Máquinas que nos dão abundância, nos deixou em necessidade. Nosso conhecimento nos fez cínicos, nossa inteligência nos fez cruéis e severos. Nós pensamos muito e sentimos pouco.Mais do que máquinas, nós precisamos de humanidade.Mais do que inteligência, nós precisamos de carinho e bondade...
Título Original: The Great Dictator
Título no Brasil: O Grande Ditador
País: Estados Unidos
Ano de Lançamento: 1940
Direção: Charlie Chaplin
Elenco: Charlie Chaplin, Paulette Goddard, Jack Oakie, Reginald Gardiner.
Nota: 10,00
comentando filme
filmes
0 COMENTÁRIOS:
Postar um comentário