Dica de Série: Downton Abbey

Ladies and gentlemen! I’d like to introduce them Downton Abbey. Quer começar uma nova série? Então você precisa dar uma chance e começar a se encantar com a história da família Crawley e seus infinitos – e participativos – criados. Em #21 Downton Abbey ocupa O Que Há de Novo em Séries.

Não sou historiador, mas posso afirmar que a série traz um retrato interessantíssimo da nobreza britânica no início do século XX, mostrando comportamentos e destacando o relacionamento existente entre fidalgos e aqueles que eram apenas empregados. Inegável que a história grita por atenção ao pintar uma Inglaterra sempre muito charmosa e elegante, mas talvez o ponto alto de Downton esteja justamente em seus criados. É encantador conhecer os bastidores da criadagem, mas fundamentalmente a organização e importância dada a eles, tanto por seus patrões, quanto por eles mesmos. É como poder visitar a coxia após ver a parte mágica do teatro. E é justamente aí que se passa ter ciência de como funcionava a distribuição social da época e em que isso implicava em relação a comportamentos e atitudes.

Produção britânica de 2010, Downton Abbey é um drama tipicamente inglês. Sisudo e por vezes aparentemente clássico demais, talvez pela época retratada pela produção ou pela formalidade impressa nos seus textos, a série não tem nada de complexa. Muito pelo contrário, fica longe da famosa frieza que costuma acompanhar estes roteiros, principalmente os europeus. Arrisca, inclusive, a inserção de perspicazes alívios cômicos e temas polêmicos que se sobressaltam a época em que está ambientada. De início pode embaralhar sua distinção de personagens, principalmente entre seus inúmeros níveis hierárquicos da criadagem apresentada na série, mas nada que o hábito não se encarregue de resolver, fazendo que você se adapte a esse desenho social – ou o deixe de lado – e passe a focar apenas nas figuras que se fazem chamar atenção entre mordomos, valetes, lacaios, criadas e etc.

Downton Abbey

Toda essa descrição pode ainda deixar confuso e não explicar de fato o que é a história, mas é porque, simplesmente, a trama está em acompanhar a família aristocrática e seus empregados. Em cada temporada somos apresentados a uma época diferente da história inglesa, com referências a eventos reais e de forte participação britânica, como a Primeira Guerra Mundial e o naufrágio do Titanic, por exemplo.

Mas se isso ainda não é o suficiente, aconselho uma pesquisa básica sobre a série e que assim se deixe encher os olhos pelas – costumeiramente – positivas críticas especializadas, pela sua constante presença entre as indicadas ao Emmy (inclusive, o roteiro concorre em 5 categorias, dentre elas, Melhor Série Dramática) ou, senão, pelos prêmios já conquistados. Brilham na prateleira de Julian Fellowes, criador da história, estatuetas do Emmy, Sindicato (SAG) e Globo de Ouro. São bons motivos para dar uma chance a Downton Abbey. Recomendo!

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