Séries Na Memória – #21: Strong Medicine

Chegando à #21 do Séries na Memória, hoje é a vez de uma série médica ganhar destaque.

Poucos tiveram acesso ao grande sucesso da Lifetime, exibido entre 2000 e 2006. Strong Medicine abordou o complexo e emocional mundo da medicina feminina, no qual duas médicas aprendem que o caminho profissional que escolheram está, claramente, dividido por uma mesa de cirurgia.O programa surgiu numa época em que os seriados de TV eram um produto diferente de hoje. Era preciso sentar em frente a TV para assistir aos programas preferidos, acompanhando o enredo semanalmente. Na época não tínhamos Lifetime no Brasil, Strong Medicine, foi exibido no canal A&E diariamente, em dois horários fantásticos.

Strong Medicine

O que mais marcou, durante as seis temporadas de vida, foi a forma como as médicas tratavam os pacientes. Logo no início descobrimos que a Dra. Luisa Delgado — ou simplesmente Lu — gerenciava uma clínica feminina em um bairro da periferia da Filadélfia. Quando a clínica é fechada por falta de recursos, Lu e Lana, a atendente, passaram a dividir o espaço no hospital feminino Rittenhouse com a Dra. Dana Stowe.

Lu era meiga, cativante e tratava seus pacientes com dedicação e era, principalmente, humana; Dana, uma cirurgiã formada pela reconhecida Universidade de Harvard, tinha em sua profissão a vida e o bem estar de seus pacientes, embora fosse muito fria, com as emoções em num plano secundário.

O tema médico já era recorrente em ER e Grey’s Anatomy nem sonhava em acontecer.

Aos poucos, Strong Medicine se tornou uma das minhas séries preferidas. O atendimento no Rittenhouse, a administração do hospital feminino sendo feita por um homem e as histórias de vida dos pacientes misturadas com as incertezas e emoções dos médicos foi, com certeza, o ápice de cada episódio. A produção de 13 episódios foi assinada pela digníssima Whoopi Goldberg (que também participou de 4 episódios, incluindo o piloto).

E, claro, não poderia deixar de mencionar o meu personagem preferido: o Dr. Nick Biancavilla, interpretado pelo ator Brennan Elliott. Por se tratar de um médico homem, trabalhar em um hospital de atendimento que privilegiava as mulheres era seu maior desafio. Além de lindo excelente profissional, o tratamento e a dedicação de Nick com suas pacientes era, no mínimo, cativante. As melhores cenas, as emoções mais doloridas e extasiantes foram protagonizadas pelo médico. Contemplar o sorriso dele enquanto realizava um parto é um privilégio que levarei comigo para sempre.

Cenas divertidas ficavam por conta de Lana, a atendente, amiga de Lu, que trazia em si a lembrança do lugar de onde veio. Dedicou sua vida ao lado de Lu, para atender mulheres violentadas, renegadas e, muitas vezes, precisou juntar forças para não desabar enquanto as pacientes precisavam de apoio, de um sorriso. O enfermeiro/parteiro Peter Riggs, todo alternativo, com sua medicina oriental e tratamentos oriundos de outras culturas foi, também, responsável pelos momentos de alegria.

Com o passar das temporadas, Strong Medicine foi perdendo a força. Janine Turner, que dava vida a Dra. Dana, deixou o hospital no final da segunda temporada. Patricia Richardson foi chamada para se juntar ao caótico Rittenhouse a partir da 3ª temporada e, mais tarde, foi a vez de Rick Schroder assumir o papel do médico masculino do hospital, com o desfecho do personagem de Brennan Elliott.

De todas as séries médicas, do meu amor eterno por ER e minha devoção por Private Practice, com certeza Strong Medicine tem o primeiro lugar no meu coração. Foram 132 episódios e 132 chances de me emocionar, de me comover, de ter orgulho de ter sido telespectador assíduo e de ter feito parte da história dessa maravilhosa produção. Gostaria que mais pessoas tivessem feito parte da vida de SM, é muito difícil encontrar alguém para conversar sobre o programa.

Gostou? No YouTube o episódio piloto está disponível. Até mais!

0 COMENTÁRIOS:

Postar um comentário

My Instagram