National Kid – o primeiro super herói nipônico do Brasil

É um pássaro? É um avião? É um tsuru? Não!!!! É o Nationaro Kido, aquele que é mais veloz que o jato, mais duro que o aço, super-homem invencível, cavaleiro da paz e da justiça! O primeiro super-herói vindo da Terra do Sol Nascente a aterrissar na Ilha de Vera Cruz, National Kid foi aqui um sucesso inesperado, já que nem em sua terra natal era muito conhecido. E depois, graças a ele, muitas outras produções nipônicas tiveram sua fatia na história da televisão brasileira.

National Kid – o primeiro super herói nipônico do Brasil


National Kid foi criado sob encomenda, como um golpe de merchandising para divulgar os produtos eletrônicos da National, conhecida fabricante de equipamentos eletrônicos do Japão, tanto que o seu comunicador é um rádio de pilha dessa marca. A criação foi de Daiji Kazumine, que anos mais tarde também criaria outro personagem que faria sucesso no Brasil, o Spectreman.

National Kid veio do espaço, mais precisamente de Andrômeda, e vive na Terra disfarçado como o pacato professor Massao Hata. Quando a Terra é ameaçada, ele surge para salvar nosso planeta, e as ameaças não são poucas: primeiro vieram os Incas Venusianos, depois os Seres Abissais, e os Seres Subterrâneos. No último episódio da série, ele revela sua identidade e volta para seu planeta de origem.

National Kid – o primeiro super herói nipônico do Brasil

Exibida nos anos 60, ora pela Record, ora pela Globo, a série ficou sumida do grande público por mais de vinte anos. Diziam que os episódios haviam se queimado em um dos muitos incêndios que consumiram grande parte do acervo das emissoras, naquela época. No início dos anos 90, a distribuidora Sato Co. de São Paulo resolveu lançar a série em VHS, um árduo trabalho, já que não existia material nenhum da série por aqui. Pouco se localizou no Japão, e a série sobreviveu apenas numa versão reduzida, com episódios mais curtos do que eram no passado. E a dublagem teve de ser toda refeita, com diálogos tirados “de ouvido”, pois nem roteiro existia mais no Japão. Para esse trabalho, a Sato contactou ninguém menos que Emerson Camargo, que havia traduzido e dublado o personagem nos anos 60. O resultado ficou aceitável, mas inferior ao original.

Se você tem menos de 40 anos de idade e nunca ouviu falar do tal Kido, não se sinta culpado, ele é mesmo muito restrito a uma era da televisão que você provavelmente não viveu. E mesmo com seus episódios tendo sido lançados em DVD nos anos 2000, a divulgação deixou muito a desejar, e pouca gente ficou sabendo que poderia ter em casa as aventuras em formato digital daquele que foi a pedra fundamental para todos os Ultras e Jaspions que vieram depois: o inigualável National Kid!

Assista a um episódio completo com a dublagem dos anos 60


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